A Rádio Boa Nova esteve esta tarde em reportagem na reunião da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital (período antes da ordem do dia).
– Margarida Claro, autarca de Seixo da Beira, deu conta da sua preocupação em torno da possibilidade de prospeção e exploração de minerais na zona da Cordinha. Assembleia Municipal optou por aprofundar o assunto para uma posterior tomada de posição. Destaque para a intervenção de André Duarte (PS) que destacou o aumento da procura do lítio que é o “petróleo branco” que é muito utilizado.
– Carlos Castanheira, autarca de Aldeia das Dez (PS), apreciou a “prestação brilhante” do presidente do Município de Oliveira do Hospital no programa da TVI 24 conduzido por Ana Leal. Criticou ainda a agressividade da intervenção de Rafael Dias(CDS) na comemoração do 25 de abril. Disse que a representante do PSD, Bárbara Coquim, lhe deu uma lição de correção.
-Assembleia Municipal marcada por intervenções em torno do 25 de abril.
– João Brito, deputado do PSD, disse que o presidente do Município de Oliveira do Hospital tem comportamento anti-democrático. Questionou o autarca sobre o “mito” do IC6. “O senhor quererá ficar conhecido como o tudo ou nada do IC6?”.
– Rui Fernandes, PSD, disse que o que o presidente fez ontem, ao marcar presença no programa da jornalista Ana Leal, “já deveria ter feito antes”. Disse, contudo, que José Carlos Alexandrino, “não tem que dar o peito às balas” pela CCDRC, organismo a que se devem “muitas falhas”.
-Rafael Dias, CDS, criticou a abordagem “insultuosa” de Alexandrino no mesmo programa.
– Luciano Correia, autarca de S. Gião, agradeceu a Alexandrino a defesa que fez da sua autarquia no programa.
– Carlos Inácio (PS), disse que nunca viu um presidente da Junta de Freguesia a queixar-se. “Todos dignificam o modo como são tratados”, referiu.
-Autarca de Meruge, Aníbal Correia (CDU), registou a “conquista do CLDS” e o facto de ser entregue à ADSCVC. também disse ter gostado da intervenção do presidente do Município na TVI. “É bom a gente dar a cara”. “Com respeito, temos que ser agressivos, porque senão, metem-nos o pé em cima”.
– Rui Monteiro, PS, considerou que o presidente da Câmara esteve muito bem ao demonstrar que o que o representante do MAAVIM faz é “cavalgar a desgraça alheia”. Acusou João Brito de fazer ” um número de circo” e “desonestidade intelectual”. Questionou ainda “quantos centímetros do IC6 foram construídos estando o PSD no poder?”
-Carlos Maia, PS, criticou intervenção de Rafael Dias na comemoração do 25 de Abril. “Estes senhores estão bem é noutros tempos. Liberdade é outra coisa”, referiu que agora o CDS é só “PP”‘ uma “coisa amorfa, que não se sabe muito bem o que é que são e o que eles querem”. Disse a João Brito que “nunca os presidentes de Junta foram tão bem tratados”.
– Dulce Pássaro, presidente da AMOH, considerou que Alexandrino foi um “homem corajoso e genuíno” na TVI, onde assistiu a um “espetáculo deprimente”, promovido pela estação. “Foi importante que tenha dado a cara”, referiu.
Em resposta às várias intervenções que marcaram o período antes da Ordem do Dia – José Ferreira (PS), Raul Dinis (PS), Sofia Clara (PSD), Maria Alice Gouveia (CDS), Agostinho Marques (autarca Alvôco de Várzeas PS), Sebastião Barbosa (PS), Tiago Martins (PS), João Ramalhete (PS) também participaram – o presidente do Município de Oliveira do Hospital logo destacou uma das mais de 200 mensagens de telemóvel que, ontem, recebeu na sequência da sua participação no debate e que lhe foi enviada por Serpa Oliva, antigo deputado na Assembleia da República, eleito pelo CDS-PP, pelo círculo eleitoral de Coimbra, apreciando a sua prestação no programa/debate. Alexandrino reagia assim às várias intervenções a propósito da sua participação, contando que “toda a gente” o tinha aconselhado a não ir ao programa, porque “tinha ali tudo para correr mal”.
Esta tarde, José Carlos Alexandrino questionou: “porque é que não posso defender a presidente da CCDRC?”, notando que o processo de recuperação das habitações por parte da CCDRC foi mais rápido (estão concluídas 86 por cento das habitações), do que os processos em que os proprietários se assumiram como os donos de obra (só estão concluídas 36 por cento). “Alguém acredita que temos 25 casas ilegais?” questionou ainda o presidente, contrapondo ao que foi adiantado na reportagem da TVI.
Ontem, Alexandrino garante ter feito a defesa dos presidentes de Junta do concelho e da própria população. Passado mais de um ano e meio desde o grande incêndio, Alexandrino assegura “que todos juntos somos poucos para fazer o que falta fazer”.
Sobre a acusação que lhe foi dirigida por João Brito de que teve um “comportamento anti-democrático” para com os presidentes de junta, pegando em declarações da reunião da Assembleia de dezembro, José Carlos Alexandrino assumiu que foi “infeliz” e pediu desculpa aos presidentes de junta.
Quanto ao IC6, o autarca oliveirense reconheceu que o IC6 “é um problema que nós temos” e que ninguém lamenta mais do que ele próprio. “Teria sido bom que outros, noutros tempos tivessem lutado pelo IC6…Posso não o fazer, mas deixarei as bases. Acredito que o IC6 seja feito antes de eu morrer”, concluiu.