Os sucessivos acidentes ocorridos na Avenida Dr. António Afonso Amaral, via de acesso à cidade de Oliveira do Hospital, preocupam o executivo municipal. O Município garante que, neste momento, está a “avaliar soluções” para “salvaguardar as pessoas” e “evitar perda de vidas”.
O assunto foi levado à reunião pública do executivo por Rui Fernandes que constatou que, desde o início do ano, “já ocorreram pelo menos entre 10 a 12 acidentes”, dos quais até resultou uma vítima mortal. O vereador da oposição lamentou o facto de, “até à data”, o Município não ter avançado com “nenhuma intervenção” nem ter apresentado “um plano para tal”. Pedindo que “se leve este assunto a sério”, o vereador referiu que “não adianta colocar sinais de limitação a 50 km”, sugerindo até a colocação de separadores. “É preciso repensar de vez. É tempo de olhar para isto com olhos de ver. É urgente e não podemos demorar entre pensar a atuar”, afirmou, chamando a atenção para o facto de se aproximarem as chuvas de inverno.
Em resposta, José Francisco Rolo garantiu que “o assunto tem sido levado a sério” e que “estão a ser avaliadas soluções para implementar” na respetiva artéria. Na ocasião, o presidente do Município admitiu que, “para salvaguarda das pessoas” terá que ser feito um investimento, tal como tem acontecido em outras vias”. “Estamos a encontrar a melhor solução, para depois avaliar o custo e executar”, assegurou o autarca.
Responsável pelo pelouro da Mobilidade e do Trânsito, Nuno Ribeiro avançou que “já foi feito um levantamento de soluções” e que “há duas ou três propostas” para ultrapassar o problema. “É uma área complexa pelos diversos cruzamentos e entradas, assim como as «zebras» que, se por um lado criam dificuldades na derrapagem, por outro é necessário salvaguardar aquela cortada à direita de quem sobe”, explicou. Apesar de considerar que “há uma clara necessidade de intervenção na estrada”, Nuno Ribeiro apela também à “responsabilidade e cuidado dos automobilistas”.
Já o vice-presidente da autarquia, Nuno Oliveira, é da opinião de que a avenida “carece de uma intervenção desde a rotunda até ao cruzamento para a EN17” que inclua uma “via pedonal”. “É preciso um projeto no seu todo para evitar perda de vidas”, afirmou.
Sandra Fidalgo, vereadora da coligação PDS/CDS-PP, falou como “conhecedora de causa”, uma vez que é “residente” na referida avenida, onde se praticam “velocidades insustentáveis” para quem ali circula. Defende, por isso, uma via pedonal e uma “urgente intervenção” na avenida.
Também vereador da oposição, Francisco Rodrigues foi mais longe em recomendar “uma consulta a uma empresa de especialidade” para que “sem opiniões formadas e sem conhecimentos históricos” possa realizar “um estudo isento e independente”.