A representatividade do concelho de Oliveira do Hospital nas listas candidatas pelo círculo eleitoral de Coimbra às eleições legislativas, do próximo dia 18 de maio, esteve em destaque no programa Vice-Versa da Rádio Boa Nova da passada terça-feira, 8 de abril.
Pela forma como este ato eleitoral está estruturado, em círculos eleitorais, o representante do PSD no programa desvaloriza a presença ou não de oliveirenses nas listas, porque “as pessoas vão votar, normalmente, naquele que poderá vir a ser o Primeiro Ministro”. Na opinião de Mário Alves, “os círculos uninominais seriam importantes porque aí as pessoas votavam no seu deputado a quem depois podiam pedir contas”. Defende, por isso, a “alteração da lei eleitoral”.
O representante do CDS-PP disse que olha “com pena” para o facto de o concelho “não ter outra preponderância nas escolhas partidárias para o círculo eleitoral”. A concordar com Mário Alves na questão da votação por círculos eleitorais, Rafael Dias também constatou que “as pessoas não votam naquilo que é o seu candidato ao círculo eleitoral”, notando até que “se calhar, nem quando o professor José Carlos Alexandrino (PS) foi candidato (2021) isso sucedeu dessa maneira”.
Logo a clarificar que em Portugal não há eleições para Primeiro Ministro, João Dinis verificou que a CDU não conta com nenhum candidato de Oliveira do Hospital na lista, e que há um suplente que é último da lista, que é de Tábua e tem ligações profissionais a Oliveira do Hospital. Verificando que nas demais listas “há a participação de pessoas com fortes ligações ao concelho”, João Dinis manifestou o seu “apreço” por isso.
Também a dar conta do reduzido número de deputados eleitos nos círculos eleitorais de baixa densidade populacional, o representante do PS no programa da Rádio Boa Nova consta que o problema também reside na “forma como as próprias estruturas partidárias elaboram as suas próprias listas de deputados”. “Se calhar acabam por cercear, ainda mais, as possibilidades de alguém de um território como o nosso chegar à Assembleia da República”, comentou Rui Monteiro.
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