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A “partidarização” e “banalização” na atribuição de medalhas e a mudança da data comemorativa do Dia do Município. O que foi dito no último Vice-Versa

A ideia de “banalização” no processo de homenagear o mérito dos oliveirenses em cada Dia do Município de Oliveira do Hospital marcou, ontem à noite, o programa de debate político da Rádio Boa Nova. Rui Monteiro, representante do PS, este ausente.

João Dinis, representante da CDU no Vice-Versa foi o primeiro a alertar para as “sucessivas condecorações” e para o “risco de banalização”. “Há um regulamento municipal que normaliza as condecorações. Está na altura de revisitar esse regulamento”, sugeriu, apontando o dedo ao atual executivo (PS) de optar por não auscultar os partidos neste processo “para tentar gerar o consenso mais alargado possível”.
Do conjunto de nomeados, o representante da CDU, fixou-se em “dois nomes que chegam envoltos em controvérsia”, em que “cada um deles à sua maneira” contribuiu para a “vitória eleitoral do PS à Câmara Municipal e Assembleia Municipal nas eleições de 2009”. Aponta por isso para um “reconhecimento partidário” da parte do PS de Oliveira do Hospital a José Carlos Mendes e José Ricardo Coelho.

Sem querer falar dos “medalhados”, Mário Alves, do PSD, considerou que os “princípios” associados à atribuição das medalhas, foram “deturpados”. “É urgentíssimo revisitar o regulamento e definir como é que as coisas se devem processar”, defendeu, notando que o processo “é pouco democrático” e está a “degenerar na anarquia”. “A oposição não foi ouvida e no executivo, os vereadores não foram ouvidos, nem achados”, referiu.
Sobre as eleições de 2009, Alves frisou: “a política não é feita de ressentimentos, o que lá vai, lá vai. Não tenho qualquer espécie de ressentimento. Houve umas eleições , um resultado eleitoral que eu respeito. Servi o meu concelho na oposição e, hoje, estou cá com toda a tranquilidade”.

Nos seus 25 anos, Rafael Dias, do CDS-PP, disse não ter condições para se pronunciar sobre o mérito das pessoas e entidades que vão ser homenageadas, confirmando porém que enquanto líder do CDS-PP não foi auscultado pelo executivo para aquele efeito, contrariamente ao que foi a prática dos executivos liderados por José Carlos Alexandrino.
Para o jovem centrista, nesta altura, o debate deveria ser antes em torno daquilo que se comemora no dia 7 de outubro. “Acho que deveria haver um amadurecimento democrático para entender o que é que comemoramos no dia 7 de outubro”, avançou, sugerindo que ao invés de se comemorar o anúncio tardio da Implantação da República em Portugal, os oliveirense possam antes comemorar a data de elevação de Oliveira do Hospital a cidade. “Porque não mudar-se a data?”, chegou a questionar.

No Vice-Versa, o painel comentou também a abertura da Casa da Cultura no próximo dia 7 de outubro, acolhendo as comemorações do Dia do Município.

Confira no podcast tudo o que foi dito:

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