No próximo domingo, dia 2 de agosto, realizam-se as habituais “Festas em Honra de Santa Ana”. Devido à pandemia, “a parte religiosa vai ser feita exatamente da mesma maneira”, contudo não haverá “arraial nem a procissão solene pelas ruas”.
No âmbito destas celebrações, a Rádio Boa Nova deslocou-se ao Museu de Sant’Ana onde foi recebida por António Alves, mais conhecido por Professor Morgado, que garantiu que “a finalidade da Irmandade ao ter como padroeira a Santa Ana é prestar culto e veneração” à mesma.
Sobre as festividades, o Professor Morgado, um dos responsáveis pelo Museu e também elemento da Irmandade de Sant’Ana, adiantou que no domingo, pelas 10h30, celebrar-se-á a “missa da festa” no adro da capela “e depois haverá uma pequena procissão apenas e só com a imagem de Santa Ana, dentro do recinto”.
Sobre o início da Irmandade, o responsável, que faz parte da mesma desde 1975, referiu que “de acordo com documentos encontrados, a mesma já existia em 1621”. Atualmente, conta com cerca de 140 elementos ativos.
Aos microfones da Boa Nova, o Professor Morgado lembrou os interesses de uma Irmandade que, segundo o mesmo, são sócio-caritativos. “Tem a finalidade de ajudar as pessoas mais necessitadas. Tem interferência no bem social e humanitário”, explicou, dando conta de que a Irmandade de Sant’Ana, “durante mais de cem anos, pagou uma cota ao Hospital de Galizes e aos Hospitais de Coimbra para assistência social”.
No que diz respeito ao museu, este reúne vários “objetos que andavam perdidos pelos cantos da sacristia”. De acordo com o responsável, “a ideia do museu surgiu por volta de 1986 por um grupo de irmãos que tomaram posse na direção e encontraram uma série de objetivos”. “Felizmente, ao longo do tempo, fomos construindo mais alguma coisa”, disse, adiantando que o museu, que se situa junto às casas mortuárias de Oliveira do Hospital, por baixo da capela Sant’Ana, foi criado “há cerca de seis anos”. “Iniciámos a implementação deste espaço com a exposição de alguns dos objetos que temos, uma vez que, muitos deles, principalmente os mais valiosos, não estão aqui por questões de segurança”. “Estão noutros espaços, resguardados e defendidos de interesses alheios”, explicou.
Depois de uma breve apresentação dos objetos ali expostos, o Professor Morgado apelou aos jovens para que se “interessem por estas coisas”. “Se não se interessarem, isto morre e amanhã desaparecem o museu e a Irmandade”, concluiu.