A EXPOH- Feira Regional de Oliveira do Hospital 2019 terminou há cerca de três semanas, mas o executivo municipal já está de olhos postos na próxima edição. A escolha dos artistas por parte da população, a criação de um tema e uma comissão organizadora são algumas novidades para a edição de 2020.
Na última reunião pública do executivo, na sequência da intervenção do vereador do PSD, João Paulo Albuquerque, que felicitou o executivo por mais uma edição do certame, o presidente da Câmara Municipal fez um novo balanço e adiantou algumas novidades que espera ver concretizadas na próxima Feira.
O autarca confessou que gostaria que “houvesse um tema” para o próximo ano. “Gostava que fosse dedicada à indústria têxtil”, começa por dizer, realçando que, para isso, “é preciso criar uma comissão organizadora”. “Devemos dar outros passos para que não avancem só as ideias do presidente e do executivo. Abrir a própria feira a essa comissão organizadora e a agentes empresariais para nos ajudarem”, disse.
Na ocasião, voltou a frisar que parte da contratação dos artistas vai ser feita pelo público oliveirense. “Nós vamos lançar durante o mês de setembro e até 15 de outubro, a contratação de três artistas. “O público oliveirense vai escolher por votação online. Do escalão até aos 20 anos escolhem um artista. Dos 20 aos 40 anos escolhem outro e dos 40 para cima escolhem outro”, explicou, evidenciando que a sua escolha, como cidadão oliveirense, está feita: a fadista Mariza.
Alvo de críticas a propósito da contratação do artista internacional Nego do Borel, José Carlos Alexandrino afirmou que “o espetáculo defraudou completamente as expectativas”. Tendo conhecimento que essa mesma contratação foi contestada nas redes sociais, o autarca relembrou que “todos os contratos dos artistas estão no portal” para consulta.
O assunto mereceu também destaque na primeira página do Jornal i, onde se lê “Câmara Municipal de Oliveira do Hospital paga 64 mil Euros por Nego do Borel”. Com o respetivo jornal na mão, José Carlos Alexandrino adiantou que este ano, foi o ano em que o Município gastou mais.
Relembrando que a contratação do artista internacional foi feita no âmbito de uma promessa do autarca há dois anos, o presidente reconhece que “o salto do cartaz não foi suficiente para dar o salto no número de pessoas”.
Face a isto, José Carlos Alexandrino garante que “a EXPOH do próximo ano vai ter um formato completamente diferente. “A EXPOH tem de ser reinventada. Não é só pelo cartaz que não somos capazes de atrair maior número de pessoas. Precisa de uma remodelação”, referiu, defendendo que “o Parque do Mandanelho é fantástico para concertos mas não é bom para realizar uma feira”.