Rali de Portugal 2025

Toda a informação do Rali de Portugal numa parceria Rádio Boa Nova /Media4Race/Jornal da Mealhada

Em parceria renovada, vem mais uma vez a Media4Race / Nuno Dinis, fazer toda a cobertura do Rally de Portugal – Edição 2025 para a Rádio Boa Nova. Apresenta e deixa aqui todas as suas notas de reportagem de tudo o que se passa e envolve um dos melhores ralis do mundo. Acompanhe e oiça aqui tudo em podcast.


O que fazer na Exponor durante o Vodafone Rally de Portugal?

De quinta a domingo, o público vai poder viver o ambiente único do Vodafone Rally de Portugal.

Durante os quatro dias do Vodafone Rally de Portugal, a Exponor, em Matosinhos, transforma-se num verdadeiro centro de experiências para todos os fãs de ralis (e não só!). De quinta a domingo, o público vai poder viver o ambiente único de um dos maiores eventos desportivos do país, com atividades para todas as idades.

eSports ‘25: adrenalina digital ao rubro

A competição virtual eSports ‘25 está de volta à Exponor, com simuladores FANATEC topo de gama e monitores AGON by AOC prontos a receber fãs e jogadores. Entre quinta-feira (10h-21h) e sábado (10h-24h), o público pode participar em experiências de simracing e qualificaçõesA final ao vivo decorre no sábado, às 21h30, com transmissão em direto. O vencedor entre os seis finalistas leva para casa um volante FANATEC CSL WRC RALLY WHEEL e outras ofertas exclusivas. As inscrições e informações estão disponíveis através do canal Discord oficial.

Mobilidade para todos com a APN

Ao longo dos quatro dias, a Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) vai sensibilizar os visitantes para as doenças neuromusculares com uma proposta interativa: testar um veículo adaptado e cadeiras de rodas elétricas, simulando a mobilidade de quem vive com estas condições. É uma oportunidade para refletir sobre a inclusão e compreender melhor os desafios da mobilidade reduzida.

Merchandising, carros de sonho e mais

Além das competições e iniciativas solidárias, o público pode explorar o merchandising oficial do Vodafone Rally de Portugal e de outras marcas, visitar a exposição de automóveis, incluindo viaturas da PSP como o Audi R8 e o BMW i8, ou modelos como o Ford Mustang da MCoutinho.

Nos bastidores do rali: parque de assistência e meet the crews

O acesso ao parque de assistência é uma das experiências mais procuradas. Aqui, o público pode ver os carros a serem preparados pelas equipas. Além disso, há momentos únicos de contacto com os pilotos nos populares “Meet the Crews”, marcados para sexta-feira às 21h30 e sábado às 20h40.

Horários de abertura ao público na Exponor:

• Quinta-feira: 10h às 21h

• Sexta-feira e sábado: 10h às 24h

• Domingo: 9h às 14h 

Quer venham pela velocidade, pela tecnologia, pela proximidade aos pilotos ou pela oportunidade de viver algo diferente, a Exponor tem uma programação completa à espera de todos os fãs. Não percam!

Kris Meeke defende liderança nacional

Os melhores pilotos nacionais vão dar o máximo para contrariar o favoritismo de Kris Meeke e Dani Sordo.

A primeira etapa do Vodafone Rally de Portugal faz parte do Campeonato de Portugal de Ralis. Os melhores pilotos nacionais vão dar o máximo para contrariar o favoritismo de Kris Meeke e Dani Sordo.

A prova do Automóvel Club de Portugal marca a despedida dos pisos de terra. São 11 classificativas (incluindo a superespecial em asfalto) e 146,5 km ao cronómetro a fechar a primeira fase da temporada. O campeão em título Meeke (Toyota GR Yaris Rally2) ganhou os três ralis anteriores e é o principal favorito, até porque tem maior experiência que Dani Sordo (Hyundai i20 N Rally2) na condução de um Rally2 na prova portuguesa.

O atual líder do campeonato mostrou-se “entusiasmado por voltar a disputar o Rali de Portugal. É um desafio enorme e a sexta-feira vai ser decisiva”, disse Meeke, que adiantou: “O nosso objetivo principal é somar o máximo de pontos, mas também queremos testar-nos contra os melhores do WRC2. A ambição é grande e vamos dar tudo”, disse o piloto inglês, que venceu o Vodafone Rally de Portugal em 2016 com um Citroën DS3 WRC.

Dani Sordo conduz pela primeira vez um Rally2 na prova portuguesa, mas com o pensamento na vitória. “O nosso foco vai estar centrado no campeonato e na possibilidade de vencer com o Hyundai i20 N Rally2. A prova vai ser muito exigente, pois há um leque de excelentes pilotos. Vamos dar o nosso melhor para somar o máximo de pontos possível e reduzir a distância para a liderança do CPR.”, afirmou o piloto espanhol. Outra grande incógnita é saber quem consegue aproveitar melhor os pneus Hankook, de utilização obrigatória nas provas do mundial de ralis.

O principal objetivo dos pilotos portugueses é pontuar, mas Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2), José Pedro Fontes (Citroën C3 Rally2), Pedro Meireles (Skoda Fabia RS Rally2), Pedro Almeida (Skoda Fabia RS Rally2), Gonçalo Henriques (Hyundai i20 N Rally2) e Ernesto Cunha (Skoda Fabia Rally2 Evo) vão querer mostrar a sua rapidez junto da elite do WRC2. Ricardo Teodósio (Toyota GR Yaris Rally2) é o único que conhece os pneus da marca sul-coreana e isso pode dar-lhe alguma vantagem neste rali.

Clássicos desportivos na rota do Rally

Os clássicos desportivos vão dar espetáculo em três classificativas do Vodafone

Antes dos pilotos oficiais passarem, os clássicos desportivos vão dar espetáculo em três classificativas do Vodafone Rally de Portugal. Vale a pena ir mais cedo para a estrada.

A exemplo de anos anteriores, a prova organizada pelo Automóvel Club de Portugal tem uma competição destinada a carros clássicos entre 1962 e 1998. Alguns desses carros tiveram uma presença marcante na prova portuguesa e no Campeonato do Mundo de Ralis.

Os 23 inscritos começam por dar espetáculo nas principais artérias da Figueira de Foz na quinta-feira. No dia seguinte, disputam fazem uma dupla passagem pelo circuito de Sever do Vouga e terminam a prova, no sábado, com a super especial de Lousada. As três classificativas em terra antecedem a passagem dos pilotos do WRC.

Entre os participantes encontram-se carros bastante interessantes, casos do Ford Escort MK I e MK II, VW Golf GTI, Peugeot 205 GTI, BMW M3 E30, Toyota Corolla, Mitsubishi Lancer Evo IV e Renault 4 GTL, entre outros. O Volvo PV455 (1962) é o modelo mais antigo em prova e o Fiat Cinquecento (1998) o mais recente. É uma boa oportunidade para rever máquinas que fizeram as delícias de várias gerações.

Programa:

  • Quinta-feira, 15 de maio
  • Figueira da Foz – 16:15
  • Sexta-feira, 16 de maio
  • Circuito de Sever do Vouga 1 – 15:30
  • Circuito de Sever do Vouga 2 – 17:00
  • Sábado, 17 de maio
  • Lousada – 17:45

3 – Os melhores no Rally de Portugal

WRC2 em força em Portugal

A categoria WRC2 conta com 47 equipas no 58º Vodafone Rally de Portugal.

A categoria WRC2 conta com 47 equipas no 58º Vodafone Rally de Portugal. Destaque para os pilotos nacionais que vão lutar pelos pontos para o Campeonato de Portugal de ralis.

O francês Yohan Rossel começou de forma perfeita o seu desafio no WRC2 com as vitórias em Monte-Carlo e nas Ilhas Canarias. Esses triunfos renderam ao piloto do Citroën C3 Rally2 um total de 50 pontos e deram-lhe uma vantagem de 15 pontos sobre Oliver Solberg, que foi o melhor WRC2 nas superfícies geladas da Suécia pelo terceiro ano consecutivo. Rossel dominou a prova de abertura no sul de França e, nas Canarias, liderou de princípio a fim, venceu 13 das 18 provas especiais de classificação e terminou com quase meio minuto de vantagem sobre o espanhol Alejandro Cachón. O britânico Gus Greensmith obteve a segunda vitória consecutiva no Rali Safari, no Quénia, com o Skoda Fabia RS Rally2 preparado pela RaceSeven. Este sucesso colocou-o na luta pelo título no WRC2, neste momento é terceiro classificado, com dois pontos de avanço sobre Fabrizio Zaldivar. O paraguaio Zaldivar somou pontos valiosos na Suécia, terminou em terceiro no Quénia, atrás de Greensmith e Jan Solans – o espanhol capotou na última etapa – e tem uma vantagem de dois pontos sobre Léo Rossel no Campeonato WRC2 Challenger com o seu Toksport WRT Skoda.

A quantidade e qualidade na categoria WRC2 e WRC2 Challenger são impressionantes. Kajetan Kajetanowicz começou a sua campanha no WRC2 Challenger no Quénia e liderou a categoria antes de perder algum tempo. Vai ser um dos protagonistas nas classificativas de terra da prova portuguesa com o seu Toyota GR Yaris Rally2, apoiado pela Orlen.

A lista de candidatos inclui também o atual campeão do FIA Junior WRC, Romet Jürgenson (Ford), e Roope Korhonen (Toyota), segundo classificado na Suécia, além de Lauri Joona (Skoda), Robert Virves (Skoda), Marco Bulacia (Toyota), o português Armindo Araújo (Skoda) e Georg Linnamaë (Toyota). O francês Pierre-Louis Loubet regressa à M-Sport Ford World Rally Team para correr com um Ford Fiesta Rally2. Após um período sabático de seis meses, o antigo piloto do Ford Puma Rally1 venceu confortavelmente o Rallye Capital do Queijo, nos Açores, em abril, com um Citroën.

A lista de pilotos inclui ainda as antigas estrelas do WRC Dani Sordo e Kris Meeke, Nikolay Gryazin e o trio português Gonçalo Henriques, Ricardo Teodósio e José Pedro Fontes. Durante a sua carreira, Sordo conquistou sete pódios em Portugal ao serviço das equipas oficiais da Citroën e Hyundai, enquanto Meeke venceu o evento pela Citroën Abu Dhabi Total World Rally Team em 2016.

As equipas completam o reconhecimento das 24 provas especiais de classificação na quarta-feira, e fazem o acerto final dos carros no tradicional shakedown de Baltar, com 5,72 km, na manhã de quinta-feira.

Classificação WRC2 após a 4ª prova

1º Yohan Rossel – 50 pontos

2º Oliver Solberg – 35

3º Gus Greensmith – 25

4º Fabrizio Zaldivar – 23

5º Alejandro Cachón – 17

5º Roope Korhonen – 17

5. Jan Solans – 17

5º Eric Camilli – 17

9. Jan Cerný – 16

9º Robert Dapra – 16

Classificação WRC2 Challenger após a 4ª prova

1º Fabrizio Zaldivar – 27 pontos

2º Léo Rossel – 25

2º Roope Korhonen – 25

2º Jan Solans – 25

2º Alejandro Cachón – 25

2º Jan Cerný – 25

2º Robert Daprà – 25

8º Nikolay Gryazin – 17

8. Mikko Heikkilä – 17

10º Lauri Joona – 15

10º Efrén Llarena – 15

10º Daniel Chwist – 15

Pelamourgues lidera o pelotão de WRC3

Dezoito pilotos da categoria WRC3 integram a lista de inscritos do 58º Vodafone Rally de Portugal.

O francês Arthur Pelamourgues e o seu copiloto Bastien Pouget vão arrancar de Coimbra, quinta-feira à tarde, com oito pontos de vantagem no campeonato WRC3 depois de disputadas as provas no Mónaco, Suécia, Quénia e Espanha. O piloto do Renault Clio conquistou o máximo de pontos na estreia no Rali de Monte-Carlo e somou pontos com o segundo lugar no recente Rali Ilhas Canarias.

O seu principal adversário, Matteo Fontana (Ford), obteve dois segundos lugares em Monte-Carlo e Suécia, mas não está presente em Portugal. A sua ausência abre a porta aos franceses Ghjuvanni Rossi (Ford) e Mattéo Chattillon (Renault) para tentarem reduzir a diferença para o seu compatriota no campeonato. Chattilon, vice-campeão de WRC3 em 2024, ganhou em Espanha, depois de Pelamourgues ter sido obrigado a mudar um pneu, após dar um toque numa pedra, e ter caído para o segundo lugar.

O líder do FIA Junior WRC, Mille Johansson, não está inscrito no campeonato e o australiano Taylor Gill é o líder dos juniores no WRC3, depois de ter conquistado o máximo de pontos na Suécia. Os Renault e Ford dominam o pelotão, com Takumi Matsushita, sétimo classificado, a conduzir um Renault Clio, juntamente com o francês Tom Pellerey e o japonês Shotaro Goto. A dimensão internacional do WRC3 é dada pela presença do jovem boliviano Nataniel Bruun, do uruguaio Federico Ensslin e do peruano André Martinez, todos eles em Ford. Destaque também para a presença de pilotos que participam no FIA Junior WRC, caso dos turcos Ali Türkkan e Kerem Kazaz, de Diego Dominquez, vencedor do WRC3 em Portugal em 2024, e do estreante jordano Shaker Jweihan.

Classificação após a 4ª prova

1º Arthur Pelamourgues – 42 pontos

2º Matteo Fontana – 34

3º Ghjuvanni Rossi – 30

4º Mattéo Chattillon – 29

5º Taylor Gill – 25

5º Nikhil Sachania – 2

7º Takumi Matsushita – 24

8º Ali Türkkan – 15

9º Diego Dominguez – 12

10º Shotaro Goto – 10

10º Yanis Desangles – 10

10º Kerem Kazaz – 10pts

FIA Junior WRC regressa a Portugal com 12 equipas

Após uma ausência de dois anos, o FIA Junior WRC regressa este ano ao Vodafone Rally de Portugal com uma dúzia de futuros campeões.

A temporada começou nas florestas geladas da Suécia, prossegue nas classificativas de terra de Portugal, Grécia e Finlândia e termina com o Rali da Europa Central em asfalto, em meados de outubro.

O sueco Mille Johansson chega a Portugal com uma vantagem de dois pontos sobre o australiano Taylor Gill. Gill venceu entre os juniores na Escandinávia, mas Johansson ganhou pontos adicionais de bónus na Power Stage. O irlandês Eamonn Kelly e os turcos Ali Türkkan e Kerem Kazaz completam os cinco primeiros. Depois de ter ganho a categoria no recente Rali Terras d’Aboboreira, Eamonn Kelly está confiante para a prova portuguesa. Os juniores da Bélgica, Alemanha, França, Paraguai e África do Sul também pontuaram na primeira prova.

O estreante belga Thomas Martens ocupa o sexto lugar no campeonato e vai tentar reduzir a diferença para o grupo da frente. A alemã Claire Schönborn, vencedora do Programa de Desenvolvimento de Pilotos Beyond Rally Women, vai querer conquistar pontos no seu segundo rali em terra, depois de ter competido recentemente em Portugal. Referência para o francês Tristan Charpentier, que fez uma boa prova no Rali da Hungria, a contar para o Europeu, e para o paraguaio Diego Dominguez, que venceu a sua categoria neste evento em 2024. O sul-africano Max Smart, o estónio Joosep Ralf Nõgene e o jordano Shaker Jweihan completam a lista de 12 pilotos. Este último é o atual campeão FIA MERC2 e estreia-se no Junior WRC, devendo disputar as restantes provas do campeonato.

O atual FIA Junior WRC dá aos jovens talentos a oportunidade de mostrarem as suas capacidades ao volante dos Ford Fiesta Rally3 Evo preparados pela M-Sport Polónia, com pneus Hankook.

conceito começou como Campeonato FIA Super 1600 para pilotos em 2001 e a primeira edição foi ganha por Sébastien Loeb. Foi rebaptizado como Campeonato do Mundo de Ralis Júnior FIA no ano seguinte e Dani Solà conquistou o título. Renomeada Taça da Academia WRC durante dois anos, em 2011 e 2012, as honras couberam a Craig Breen e ao atual líder do WRC, Elfyn Evans. A série foi rebatizada como FIA Junior WRC entre 2013 e 2021 e Robert Virves venceu a série FIA WRC3 Junior em 2022. O irlandês William Creighton e o atual campeão Romet Jürgensen, da Estónia, venceram as duas últimas edições já com a designação FIA Junior WRC.

2 – Vão ao Rally de Portugal

1- Antevisão do Rally de Portugal edição 2025