Ainda no rescaldo do último debate político realizado, na terça-feira à noite, na Rádio Boa Nova, destaque para aquele que foi o comentário feito pelo representante da CDU que, apesar de “considerar legítimas as ambições dos jovens do CDS-PP” no âmbito das próximas eleições autárquicas, alerta para a possibilidade de poderem estar a “ter mais olhos do que barriga”, podendo em caso de um mau resultado vir a gerar “frustração”.
Tal como tinha feito o representante do PS no mesmo programa, também João Dinis se mostrou interessado em saber “qual é que vai ser a posição da Comissão Distrital do CDS” até porque “foi rompida a coligação Construir o Futuro”. “Não construiu o futuro, voltou para trás”, observou querendo por isso saber o que é que “própria direção nacional do CDS-PP” tem a dizer, “já para não falar do PSD”. Avisou que “nesses partidos o último a decidir é a direção nacional”.
A verificar que o elã a que se assistiu em 2021, agora não será o mesmo com os dois partidos divididos, João Dinis fez também questão de recuar às eleições de 2017 para lembrar que o CDS-PP teve “mais de 500 votos”, um número que na sua opinião pode fazer a diferença nas contas finais.
Este é, contudo, “um contexto que o PS agradece” no contexto das próximas eleições autárquicas, no âmbito das quais a “CDU não é reconhecida eleitoralmente como alternativa”. Pelo contrário, entende João Dinis, “é legítimo que os jovens do CDS tenham essa ambição”. “Que vão à luta e consigam os seus objetivos táticos e estratégicos”, desafiou.
Ouça, em podcast, o episódio de Vice-Versa na íntegra: