“Indignada” com “a sucessão de erros de arbitragem que têm prejudicado gravemente” a Associação Desportiva de Lagares da Beira ao longo da presente temporada, a direção do clube do concelho de Oliveira do Hospital já solicitou uma reunião com a Associação de Futebol de Coimbra (AFC).
Recorde-se que, recentemente, a AD Lagares da Beira, que milita no campeonato da Divisão de Elite da AFC, ameaçou avançar com medidas drásticas face a esta situação.
Contactado pela Rádio Boa Nova, Norberto Santos, presidente da colectividade, lamentou “as situações que se têm verificado nos últimos jogos”, sobretudo nas últimas três partidas. “Tem sido por demais”, frisou, adiantando que o clube já fez “uma exposição” à AFC e foi solicitada “uma reunião com alguma urgência”. Segundo Norberto Santos, “em função dessa conversa e caso as situações não tenham resolução”, o clube pondera mesmo “tomar a atitude de boicotar as últimas jornadas” e, com isso, “o campeonato acabar prematuramente”.
O presidente da AD Lagares da Beira assume que o clube “começou um bocado mal” o campeonato e que “a equipa foi um bocado desequilibrada”. No entanto, a situação foi-se “equilibrando” de forma a conseguir “consistência” para “tentar sair do lugar em que se encontrava”.“Só que já vimos que por si só, o que nós estamos a fazer não é o suficiente. Tudo o que está a contribuir para não sairmos do lugar em que estamos é efetivamente a situação das arbitragens que nos têm apoquentado nestes últimos jogos”, defendeu.
Norberto Santos recorreu ao jogo disputado frente à Naval 1893 para exemplificar as situações que têm recorrido e que lamentam. Considera que foram facultados minutos de compensação de extrapolaram os devidos. “O árbitro estava a tentar fazer tudo para que o Naval marcasse o golo da vitória”, afirma.
Relativamente ao último jogo, frente à Académica, o presidente frisa que “foi mesmo aberrante e foi demais”. “Quem esteve a ver o jogo sabe perfeitamente o que é que aconteceu. Depois tudo isto causa revolta também nos adeptos”, adiantou.
“Vamos ponderar esta situação porque assim não adianta. Nós não queremos que ninguém nos ajude. Queremos é que os árbitros sejam isentos e, até ao momento, não têm sido”, concluiu.