A digressão da Associação Filarmónica de Arganil à Ilha Terceira nos Açores resultou num enorme sucesso, não só a nível artístico mas também ao nível do estabelecimento de relações de cooperação e de amizade com as Entidades desta Ilha, designadamente com a comunidade de Santa Bárbara, que tão bem acolheu a comitiva Arganilense.
Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, a direção da AFA refere que “a participação nas festividades de Santa Bárbara permitiu o contacto dos executantes e diretores da Filarmónica com as tradições religiosas desta freguesia, tendo sido possível constatar a forte religiosidade destas pessoas e o sentido de união e de comunidade que as caracteriza, ao mesmo tempo que foi interessante o envolvimento nas atividades que demonstram a forte ligação destas gentes ao mundo rural, nomeadamente à pecuária e produção de leite, transpostas para iniciativas profanas, de que é exemplo o Bodo de Leite”.
A apresentação dos concertos em Santa Bárbara e Angra do Heroísmo foram alguns do momentos altos desta inédita presença da AFA em terras açorianas, bem como o ato solene em que se procedeu à entrega da imagem de Nossa Senhora do Mont’Alto à Paróquia de Santa Bárbara num gesto que emocionou os fiéis presentes na Missa e que foi retribuído com a oferta à AFA, de um quadro representativo da Padroeira local, Santa Bárbara.
Os responsáveis pela Filarmónica Recreio de Santa Bárbara, da qual partiu o convite para a AFA se deslocar aos Açores, elaboraram um interessante programa de acolhimento aos visitantes, tendo possibilitado dar a conhecer a diversidade da realidade desta Ilha, ao nível paisagístico, gastronómico e cultural, confirmando-se que a hospitalidade e a arte de bem receber, são atributos intrínsecos e que distinguem estas gentes.
Como forma de marcar a presença da AFA na Terceira, e num gesto que muito sensibilizou a AFA, a Filarmónica de Santa Bárbara encomendou uma peça inédita especialmente dedicada à AFA, intitulada “Terras de Encanto”, do compositor local Gualter Silva, a qual será estreada em Arganil, no próximo dia 7 de Setembro, por ocasião do Feriado Municipal.
Antes do Concerto realizado na Praça Velha de Angra, e que foi um momento de pura magia, com uma atuação de grande nível da AFA que encantou as centenas de pessoas presentes, foi promovida uma receção na Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, na qual o Presidente do Município Álamo Menezes, deu as boas-vindas à Filarmónica de Arganil, referindo ser um gosto receber a comitiva da AFA, salientando a importância destes intercâmbios para o engrandecimento das Instituições que neles participam, ao mesmo tempo que partilhou a história da Cidade e a sua importância ao longo dos tempos.
Presente na cerimónia, a vice-Presidente da Câmara Municipal de Arganil, Paula Dinis, deu os parabéns à AFA pelo facto de abraçar um desafio como o de se deslocar aos Açores, e referiu ser uma honra o Concelho de Arganil estar tão bem representado na Terceira, aludindo às riquezas que este Território tem para oferecer e à abertura para acolher a filarmónica açoriana neste Concelho, retribuindo este amável convite.
Antes da troca de presentes, o presidente da Associação Filarmónica de Arganil, Miguel Ventura, agradeceu o excelente acolhimento de que foram alvo desde que chegaram a Santa Bárbara, tendo referido que o melhor que traziam desta viagem era o exemplo de genuinidade, de solidariedade e de amizade transmitido pelas gentes Açorianas facto que muito sensibilizou os Arganilenses.
Miguel Ventura, lançou ainda o desafio aos Municípios de Angra do Heroísmo e de Arganil para que a partir deste intercâmbio, possam surgir novas oportunidades de cooperação e de troca de experiências entre as duas regiões, seja ao nível cultural seja no âmbito de outras temáticas que possam aproximar e reforçar os laços de amizade que foram agora estabelecidos.
Esta passagem da AFA pela Terceira, fica ainda marcada por um singelo momento de homenagem prestada a um antigo executante da Banda, Eduardo Carvalho, que está sepultado em Angra do Heroísmo, para onde foi trabalhar há cerca de 40 anos e aí constituiu família, demonstrando que a memória e a gratidão são valores presentes na ação desta secular Instituição.