“Tendo sido confrontados com a tomada de posição do PSOH a propósito do abandono da reunião pública da Câmara Municipal por parte dos vereadores eleitos pela Coligação PSD/CDS, nesta manhã de 2 de fevereiro, a Comissão Política de Secção do PPD/PSD – Partido Social Democrata vem esclarecer os Oliveirenses do seguinte:
1- A iniciativa de abandonar a reunião pública do órgão executivo municipal assumiu-se como um atro de protesto pela forma anti-democrática e pela total incompetência revelada pelo Presidente da Câmara Municipal na condução dos trabalhos das reuniões da Câmara Municipal.
2- Trata-se de uma atitude recorrente por parte de quem tem a obrigação de permitir e até incentivar um debate livre e democrático, com manifestações de ambos os quadrantes, mesmo que de sentido divergente, mas em busca das melhores soluções para os problemas que o nosso concelho enfrenta, mas que, pelo contrário, tem pautado a sua atuação por uma permanente obstrução ao direito de intervenção por parte dos membros da oposição, revelando mesmo grande incomodidade perante o contraditório que é manifestado em relação às mais diversas matérias, com episódios frequentes de corte da palavra aos membros da oposição, sem que proceda de igual modo em relação ao eleitos pela maioria.
3-Esta posição do PSOH é tão mais surpreendente quanto desadequada face aos acontecimentos que antecederam a atitude de protesto assumida pelos vereadores da oposição, na medida em que as intervenções até então proferidas nada tiveram de ofensivo, difamatório, ou lesivo da honra dos eleitos pelos Partido Socialista ou de quem quer que fosse.
4-Em abono da verdade, deveria antes o PSOH repudiar, em primeiro lugar a reação extremamente agressiva e deselegante assumida pela Vereadora da Educação e da Ação Social perante uma intervenção proferida pelo Vereador Rui Fernandes e, em segundo lugar, a prepotência revelada pelo Presidente da Câmara que, ao impedir o Vereador Rui Fernandes de voltar a intervir para clarificar a sua intervenção anterior, em resposta àquilo que lhe pareceu ser uma muito deficiente interpretação da Vereadora Graça Silva relativamente à sua intervenção inicial, preferiu assumir a proteção da sua colega de vereação, em vez de permitir o debate sério e democrático e a clarificação das dúvidas de interpretação que pudessem subsistir.
5- Em abono da verdade, também afirmamos que o ato de abandonar a reunião de hoje não foi uma reação isolada e circunscrita aos assuntos em debate no dia de hoje (ainda nos encontrávamos no período de antes da ordem do dia), mas a consequência de uma atitude reiterada de obstrução ao trabalho dos elementos eleitos pela Coligação “Unidos para Construir o Futuro”, aliás repetida também nas sessões da Assembleia Municipal e a que não podemos continuar a ficar indiferentes.
6- Em abono da verdade, melhor fora que o PSOH se preocupasse em acompanhar mais de perto o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela maioria socialista no Executivo Municipal, num mandato ainda tão curto mas já tão cheio de problemas e casos, como sejam o arrastar das obras de “Santa Engrácia” que nunca mais acabam e cada vez estão a ficar mais dispendiosas para o erário público municipal (Casa da Cultura, Zona Industrial, Açude da Ribeira em Ervedal da Beira, Zona Histórica, só para referir as mais evidentes); que se preocupasse em corrigir os já mais do que evidentes problemas de coesão interna da própria maioria socialista do Executivo Municipal, ou que se preocupasse em exigir aos seus eleitos uma gestão eficaz e eficiente dos recursos públicos, em vez de continuar a incentivar a contratação, por vias demasiado imaginativas e até estranhas à lei e às boas práticas administrativas, de pessoas próximas do aparelho partidário, como tem acontecido nos últimos anos.
7- “Sem ideias, sem alternativas, apenas com uma estratégia destrutiva e de crítica fácil” é exatamente a opinião que a maioria dos Oliveirenses começou já a manifestar acerca de quem governa atualmente os destinos do Concelho. O registo público da atuação dos eleitos pela Coligação PSD/CDS, quer através das atas das reuniões da Câmara Municipal, quer pelas demais vias de divulgação da ação política desenvolvida, são a prova clara de que têm sido apresentadas ideias, sugestões, alternativas e tentativas de solução para os muitos problemas que este mandato enfrenta, muitos por causa do contexto externo que se vive no país e no mundo, mas muitos também com origem na impreparação dos atuais membros da maioria no Executivo Municipal.
Pela nossa parte, continuaremos firmes nos nossos propósitos e nas soluções que propugnamos para o futuro do concelho de Oliveira do Hospital. Não desconhecemos as táticas, já muito conhecidas, de procurar condicionar a capacidade de afirmação da oposição e de tentativas de desviar a atenção da comunidade em relação ao insucesso da ação inconsequente dos eleitos do Partido Socialista na Câmara Municipal, que é cada vez mais evidente e percecionado pelos Oliveirenses. Mas não serão essas tentativas que nos desviarão do nosso caminho, porque no topo das nossas prioridades estarão sempre os Oliveirenses e a satisfação das suas necessidades, interesses e ambições”.
Comunicado, na íntegra, da Comissão Política de Secção do PSD de Oliveira do Hospital enviado à Rádio Boa Nova, a 2 de fevereiro de 2023