A nova Área de Acolhimento Empresarial de Arganil, localizada na Relvinha, Sarzedo, foi inaugurada pela Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, na passada sexta-feira, 18 de novembro.
O presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, fez as honras da casa e deu a conhecer este “investimento de futuro”, que envolveu 6,5 milhões euros (dos quais 4,2 M€ procederam de fundos comunitários) e que considerou, além da ampliação do polo Oeste, a qualificação do polo Este do Parque Industrial da Relvinha.
A ampliação levada a cabo pelo Município de Arganil permitiu a criação 23 lotes devidamente infraestruturados, com áreas a variar entre os 6.500m2 e os 37.500 metros quadrados, num total de 600 mil metros quadrados.
“Cabem nesta nova área empresarial 60 campos de futebol, mas cabem, também, as ambições dos arganilenses e as nossas aspirações em tornar Arganil num concelho de mais e melhores oportunidades para as pessoas e para as empresas; para as que cá estão instaladas e para as que pretendem aqui iniciar e expandir os seus negócios”, referiu Luís Paulo Costa.
Trata-se de uma obra que representará, defende o presidente da Câmara, um marco incontornável no desenvolvimento e progresso do concelho, pela clara aposta que assume na criação de novas oportunidades para os arganilenses e para o território e pelo papel que assumirá na captação de investimento, na criação de emprego e fixação de pessoas.
“Pretendemos que os mais jovens que saem para estudar regressem depois de concluir os estudos e que encontrem as melhores condições para aqui trabalhar, para crescer profissionalmente, para se fixarem no concelho e formar família”. A criação de valor e riqueza passa pela captação e retenção de jovens e talentos especializados, defende Luís Paulo Costa. “Seremos num concelho cada vez mais competitivo; mais desenvolvido e com mais para oferecer a quem cá reside, a quem cá investe e a quem nos visita”.
Antes de descerrar a placa inaugurativa e percorrer a pé parte do novo espaço empresarial, a Ministra da Coesão Territorial enalteceu a sua “excelente localização”, que favorecerá a atividade das empresas e lhes “permitirá serem competitivas para os mercados internacionais”. O parque industrial da Relvinha é atravessado pela Estrada Nacional 342-4, destacando-se pela proximidade ao IC6, IP3, A1 e A25 e pelo fácil acesso a todo o país e à Europa, através da fronteira de Vilar Formoso.
Ana Abrunhosa revelou-se convicta de que mesmo em contexto de guerra, de inflação, a nova área empresarial vai permitir um salto qualitativo em termos de competitividade, inovação e atratividade do território. “Arganil está mais bem preparada para acolher novas empresas e para fazer crescer as que já cá estão”, sublinhou a represente do Governo, notando que há “falta de zonas de qualidade como esta” no território do Interior.
A sessão de inauguração terminou com a visita ao lote adquirido pela Grajomarco, onde vão decorrendo as obras de instalação desta empresa arganilense, que viu na nova Área de Acolhimento Empresarial uma oportunidade para expandir a sua unidade de atividade.
Arganil é um exemplo na criação de oportunidades
Ana Abrunhosa apontou Arganil como “um exemplo” no aproveitamento dos fundos europeus que permitem a criação de novas oportunidades, tendo em vista a atração de investimento, a fixação de pessoas e o aumento da qualidade de vida dos arganilenses. “Celebramos hoje uma infraestrutura que visa criar melhores condições para atrair novas empresas e que dá resposta a uma necessidade que é deste município mas é também do país”.
“Saúdo a capacidade do município não só na captação de fundos europeus como na sua realização”, sublinhou a Ministra da Coesão Territorial, anunciando que Arganil “tem uma taxa de realização de 87 por cento”, o que “infelizmente não está ao alcance de todos os municípios”. Em projetos desta natureza, “é talvez o melhor exemplo que nós temos no aproveitamento da disponibilidade dos fundos europeus”.
Medidas de apoio aos empresários
Defendendo que coesão territorial passa por proporcionar igualdade de oportunidades, Ana Abrunhosa garantiu que o objetivo passa por cuidar das empresas que já cá estão e atrair novas unidades empresariais. “O Quadro Comunitário PT 2030 é o que mais apoio tem para as empresas”, anunciou, destacando duas modalidades distintas.
Por um lado, um “sistema de incentivo às empresas com uma determinada dimensão, para inovarem e exportarem”, por outro, “incentivos de base local, para apoiar investimentos vocacionados para as empresas que temos neste território”. Ao mesmo tempo, mantém-se o programa de apoio à contratação e de apoio ao próprio negócio, bem como os projetos de parceria entre as empresas e as universidades e politécnicos, concluiu a Ministra da Coesão Territorial.