Flávio Massano, presidente da Câmara Municipal de Manteigas, prestou declarações aos jornalistas após a reunião entre o Governo e os autarcas das zonas afetadas pelos fogos na Serra da Estrela, afirmando que a presença dos ministros naquela vila tratou-se de um “sinal muito encorajador para os próximos tempos”.
“É óbvio que tivemos uma situação de urgência, de emergência, difícil para todos, mas também sabemos que os sinais que queremos passar à população e a todos os que escolheram este território para viver é o mais importante nesta fase”, acrescentou o autarca.
Por isso, hoje, “com a presença do Governo, conseguimos perceber que já há, efetivamente, trabalho de campo, já estão a ser postas em prática várias medidas de curto prazo”, acrescentando que tal é uma “tranquilidade que podemos passar a quem aqui vive”.
Flávio Massano destacou também que, “para o futuro”, é preciso “planear”. “É preciso fazer mais pela Serra da Estrela e fazer com que esta serra, este Parque Natural, continue a ser um dos ativos mais importantes do Centro do país e de todo o Portugal”.
“A partir de setembro”, adiantou ainda o presidente da Câmara Municipal de Manteigas, passar-se-á “para a segunda fase”. “Depois de estabilizado todo o solo e todo o território, passaremos para a construção do grande plano de revitalização da Serra da Estrela”.
“Governo mostrou abertura para poder acompanhar essa declaração do estado de Calamidade”
Em seguida, Mariana Vieira da Silva deu uma palavra de “solidariedade e apoio” às populações daquela zona afetada pelos devastadores incêndios. “Aquilo que procurámos trazer a este conjunto de municípios foi a garantia de que, em várias fases, procuraremos resolver todos os problemas que nos têm sido colocados”, frisou a ministra de Estado e da Presidência.
A “primeira fase” prende-se com uma “resposta imediata que já está no terreno de apoio à alimentação animal, recuperação e retirada de madeira queimada que coloque um perigo iminente”, assim como “apoio social no terreno”.
Durante os próximos 15 dias, assegurou Vieira da Silva, “será feito um levantamento de todos os danos e prejuízos deste incêndios”, um “prazo muito curto que responde a esta situação de urgência e calamidade que aqui vivemos”. A partir daí, o “Governo aprovará este conjunto de medidas – ao abrigo do estado de Calamidade -, para podermos responder o melhor e mais urgentemente possível a estes territórios”. A governante frisou ainda que, depois do próximo mês, há “um terceiro momento” – de “revitalização” da Serra da Estrela.
De recordar que o Governo reuniu-se hoje, em Manteigas, com os presidentes de câmara dos cinco concelhos mais afetados pelo incêndio da serra da Estrela, para avaliar os prejuízos causados e definir medidas de apoio.
Segundo informação do gabinete da ministra da Presidência, o objetivo do encontro com os municípios da Covilhã (distrito de Castelo Branco), Guarda, Manteigas, Celorico da Beira e Gouveia (distrito da Guarda) foi “avaliar as necessidades e respostas integradas para estes concelhos” na sequência do “maior incêndio florestal ocorrido este ano no país”, incluindo “apoio às famílias, às empresas e à reabilitação das zonas afetadas”, em pleno parque natural.