Portugal atribuiu até hoje 35.778 pedidos proteção temporária a pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia, dos quais mais de 33% foram a menores, segundo a última atualização feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Numa nota de balanço sobre os pedidos de proteção temporária concedidos aos cidadãos que fugiram da guerra da Ucrânia que se iniciou em 24 de fevereiro, o SEF precisa que os municípios com o maior número de refugiados são Lisboa (5.145), Cascais (2.291), Sintra (1.339), Porto (1.223) e Albufeira (1.072).
Dos 35.778 pedidos de proteções temporárias, 23.844 foram atribuídos a mulheres e 11.934 homens, segundo aquele serviço de segurança.
O SEF indica também que emitiu 31.533 certificados de concessão de autorização de residência ao abrigo do regime de proteção temporária.
Este certificado, emitido após o Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social e Autoridade Tributária terem atribuído os respetivos números, é necessário para os refugiados começarem a trabalhar e acederem a apoios.
Durante o processo de atribuição destes números, os cidadãos podem fazer a consulta dos números que, entretanto, vão sendo atribuídos, na sua área reservada da plataforma digital https://sefforukraine.sef.pt.
O SEF avança também que foram autorizados pedidos de proteção temporária a 12.023 menores, representando 33,6% do total.
O SEF revela ainda que comunicou ao Ministério Público a situação de 629 menores ucranianos que chegaram a Portugal sem os pais ou representantes legais, casos em que se considera não haver “perigo atual ou iminente”.
O SEF comunicou também à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) a situação de 15 menores que chegaram a Portugal não acompanhadas, mas com outra pessoa que não os pais ou representante legal comprovado, representando estes casos “perigo atual ou iminente”.