“Na sequência da agressão militar russa à Ucrânia, manifesto a minha solidariedade com os cidadãos ucranianos e portugueses de origem ucraniana residentes em Oliveira do Hospital e congratulo o Município e o Presidente da Câmara Municipal pelo anúncio da disponibilidade do Concelho para receber os cidadãos ucranianos que, em resultado da guerra, procurem em Portugal um destino para viverem em segurança e retomarem as suas vidas, bem como a disponibilidade para o envio de bens essenciais.
Esta disponibilidade do Município de Oliveira do Hospital não é novidade, integrando-se num padrão de conduta humanitária que reflete a solidariedade do povo oliveirense que nunca esquecerá a solidariedade que recebeu aquando dos incêndios de 2017. Basta recordar que, em 2015, José Carlos Alexandrino manifestou a disponibilidade do Município para receber famílias de refugiados e que, em 2019, o Município enviou para Moçambique, no seguimento do ciclone Idai, roupas para crianças e bebés.
Segundo os dados de 2020, residem no Concelho dez cidadãos ucranianos a que acrescem os portugueses de origem ucraniana, tendo o Município manifestado que tem a porta aberta a todos os residentes no Concelho que tenham familiares na Ucrânia e possam necessitar de ajuda. Contudo, seria importante, face à natural proximidade do Município aos cidadãos, reforçar esta política de porta aberta com uma intervenção junto dos cidadãos ucranianos ou de origem ucraniana, procurando de uma forma ativa dar informações relevantes sobre a política nacional de acolhimento e sobre os canais para o fazer, bem como ativando as vias de comunicação que se revelem necessárias.
No plano supramunicipal, o Município de Oliveira do Hospital deve ser um promotor da solidariedade dos municípios de Coimbra com o povo ucraniano, sendo que residem 852 cidadãos ucranianos na região. Assim, o Município deve propor à Comunidade Intermunicipal de Coimbra que tenha um papel mais ativo, enquanto sede própria para a concertação de uma ação coerente e eficaz de âmbito supramunicipal no apoio aos cidadãos ucranianos residentes na região, no acolhimento de quem vem da Ucrânia para Portugal à procura de segurança e para retomar as suas vidas e no envio de bens essenciais”.
Tiago Martins