Quase duas em cada 10 das 824 pessoas entrevistadas para um barómetro da APAV admitiu ter sido vítima de assédio sexual no local de trabalho, mas a maioria não denunciou, havendo quem tenha sido despedido depois de se queixar.
Estas e outras conclusões constam do Barómetro APAV/Intercampus sobre “Perceção da População sobre assédio sexual no local de trabalho”, para o qual foram feitas 824 entrevistas online, realizadas em dezembro do ano passado, e que é apresentado hoje.
Os resultados evidenciam “uma elevada consciência relativamente às situações consideradas como assédio sexual”, já que “mais de 80% dos inquiridos identifica a quase totalidade das situações expostas como assédio sexual”.
O estudo da APAV demonstra também que o assédio sexual é visto por uma larga maioria dos entrevistados como uso abusivo de poder, ao mesmo tempo que “é largamente reconhecido que não é apenas praticado pelos superiores hierárquicos”.
Relativamente à informação disponível sobre o tema e recursos para denuncia e apoios, mais de metade da amostra do barómetro considera que está bem informada sobre os seus direitos, sabe o que fazer e como denunciar uma situação de assédio sexual no local de trabalho, apesar de assumir não ter conhecimento do enquadramento jurídico sobre o assédio sexual no local de trabalho.
A propósito do Dia Europeu da Vítima de Crime, que se assinala hoje, a APAV apresenta um estudo sobre assédio sexual no local de trabalho e avança com uma nova campanha de sensibilização.