Com quase dois anos de existência, o Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) 4G Viver.Com de Oliveira do Hospital acompanha, neste momento, 188 idosos, com média de 74 anos, em “situação de maior isolamento geográfico”. Tratam-se de cidadãos que “não são acompanhados por nenhuma instituição”.
Em declarações à Rádio Boa Nova, Júlio Mendes, coordenador do projeto, sublinhou que a existência do mesmo justifica-se, fundamentalmente, pelo facto de o “concelho de Oliveira do Hospital contar com muitas aldeias isoladas, onde a juventude é escassa”.
Para combater este isolamento, o CLDS conta com uma “equipa multidisciplinar” que se desloca às localidades da “periferia do concelho” como Rio de Mel (S. Gião), Chão Sobral, Gramaça (Aldeia das Dez), Pinheirinho, Casal do Abade (Lourosa), Andorinha (Travanca de Lagos), Felgueira Velha (Seixo da Beira) e Póvoa de S. Cosme (Ervedal da Beira).
“O nosso foco é ouvir estas pessoas, dar-lhes a devida importância, valorizar os seus conhecimentos, dinamizar atividades de estimulação cognitiva e física e também ouvir as suas histórias de vida”. A iniciativa “Mais Vida” permite isso mesmo, estimular estas populações.
A equipa promove, ainda, “intercâmbios seniores entre as aldeias, onde os guias são os próprios elementos da comunidade”. Com a pandemia, a equipa viu-se na obrigação de avançar com a iniciativa “Valorizar o afeto”, permitindo “chamadas audiovisuais entre os cidadãos isolados e as suas famílias”.
A esta altura, Júlio Mendes faz um “balanço muito positivo”. “Temos sido bem recebidos nas localidades. As pessoas mostram agrado por ver a equipa”, afirmou.
Recorde-se que no concelho oliveirense são implementados os Eixos de Intervenção “Promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa” e “Auxílio e intervenção emergencial às populações inseridas em territórios afetados por calamidades e/ou capacitação e desenvolvimento comunitários”.
Lançado a nível nacional pelo Instituto da Segurança Social, em Oliveira do Hospital a Câmara Municipal é a entidade promotora do projeto e a Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural do Vale do Cobral de Meruge é a entidade executiva. O CLDS é cofinanciado por Fundos Europeus.