A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, defendeu esta segunda-feira que uma semana de contenção dos contactos, depois do Natal e do Ano Novo, pode não ser suficiente perante o panorama de aumento de contágios e face à grande “incerteza” que representa ainda a variante Ómicron.
Em entrevista ao Polígrafo SIC, a responsável disse estar “muito atenta ao que está a acontecer”, explicando que o país está numa fase de “transição muito rápida”.
“Temos de estar muito atentos. [A propagação da Ómicron] começou há muitos poucos dias e atingiu proporções acentuadas e graves em dois países da Europa. É por essa incerteza que estamos atentos e vigilantes”, acentuou.
Graça Freitas defendeu que devem ser tomadas “medidas cumulativas” – “não há uma medida única que seja milagrosa”, vincou – que passem pelo aumento da testagem, o reforço vacinal, a ventilação dos espaços e a limitação dos aglomerados. “Para uma situação de alta incerteza como aquela que temos devemos ter a máxima precaução e adotar medidas cumulativas e precoces”, disse.
“Neste momento, se há uma incerteza muito grande, deve haver uma cautela ainda maior. E essa cautela tem que ser tomada precocemente, com medidas cumulativas, apesar de termos a vacinação que é uma mais-valia em relação a outros países”, reforçou.
A diretora-geral de Saúde avançou também que esta semana ainda, a Comissão Técnica de Vacinação vai fazer uma nova proposta para alargar as doses de reforço da vacina contra a Covid-19 a faixas inferiores aos 50 anos, “sobretudo perante esta nova ameaça”.