Eduardo Rego, voz dos programas “BBC Vida Selvagem” e o “Nosso Mundo” e fundador da ONG (Organização Não Governamental) “Loving the Planet” encerrou ontem, na Secundária de Oliveira do Hospital, o projeto ClimAgir, iniciado pela CIM da Região de Coimbra, em novembro de 2018.
Naquela que foi a última sessão do projeto que abrangeu “mais de 17 mil alunos” da região, Eduardo Rego partilhou o “amor” pelo planeta que o levou à criação da “Loving the Planet” ao perceber que em todo o mundo “não havia uma ONG que servisse de argamassa a todas as boas ações que estavam a ser realizadas”, em defesa da natureza e do ambiente. “Loving the Planet tem dentro o amor. E não há energia maior ao cimo da terra”, começou por explicar o fundador.
Para uma plateia de alunos do ensino Secundário, professores e responsáveis autárquicos, Eduardo Rego centrou-se naquela que tem sido a ação do homem no planeta Terra. “O ser humano tem sido o predador maior da riqueza do planeta, o predador maior de tudo aquilo que é bom em nós e que está a estragar tudo”, referiu, louvando “aqueles que andam a fazer bem as coisas em relação às plantas e aos animais”.
Eduardo Rego focou-se no “animal que sabe que pensa, mas não sabe gerir os recursos que tem”. “Somos nós que estragamos tudo, os animais e as plantas passam bem sem nós. Não podemos evitar que vão plásticos para o mar, se nós não cuidarmos do rio dos nossos comportamentos”, observou.
Em causa estão os comportamentos dos homens que se agravaram em tempo de pandemia. “Nós continuamos a fazer asneiras. Já estávamos ali no limite, numa situação de não retorno e continuamos na ribanceira. As próprias máscaras que usamos estão a pejar de aspetos nefastos o planeta. Como sabem são aos milhões, muitos milhões”, observou.
Eduardo Rego destacou por isso, o papel importante da Associação que “é global, promove o equilíbrio do homem na expectativa de travar as agressões à natureza e ao clima”.
“Não temos sido amigos do planeta, que não é só de alguns que têm grandes lucros. O planeta é de todos”
Foi, exatamente, com o propósito de alertar consciências e promover mudanças de comportamentos, que a CIM da Região de Coimbra dinamizou o ClimAgir. Os incêndios, os furacões e tempestades foram exemplos apontados por José Carlos Alexandrino, presidente da CIM como resultado das “alterações climáticas”. “O problema é como nós temos tratado o planeta. “Não temos sido amigos do planeta, que não é só de alguns que têm grandes lucros. O planeta é de todos”, frisou. A dar conta dos projetos e programas dinamizados pela CIM da Região de Coimbra, com financiamento do POSEUR e Turismo de Portugal, o responsável pela CIM que é também presidente do Município de Oliveira do Hospital verifica que, pese embora os programas, “é com o comportamento do dia a dia que podemos fazer a diferença”.
Carlos Carvalheira, diretor do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, defendeu também que “está nas nossas mãos podermos agir e ser agentes diferenciadores”. Apelou aos alunos para que “possam ter mentalidade diferente”. O responsável mostrou-se confiante nos jovens de Oliveira do Hospital. “Vamos juntos fazer diferente e vamos juntos conseguir”, defendeu.
Presente na sessão de encerramento do ClimAgir, Fátima Reis, Diretora do ICNF, depositou nos jovens a responsabilidade pela preservação do planeta. “Têm que ser os guardiões do nosso planeta e responsáveis para que tudo mude”, defendeu.