Foi dado o “pontapé de saída” para obras paradas no Agrupamento de Escolas de Oliveira do hospital (AEOH). Já há visto do tribunal de contas e os trabalhos vão arrancar sob a responsabilidade da empresa Construtora Santovaiense.
A informação foi avançada por José Carlos Alexandrino, presidente do Município oliveirense, na última reunião pública do executivo municipal. Na ocasião, o autarca quis dar “a boa notícia” de que “já veio o visto do tribunal de contas” e que as obras vão arrancar sob a responsabilidade da Construtora Santovaiense. “Tenho a certeza que vai correr bem. A empresa tem demonstrado competência”, afirmou.
No âmbito desta situação, o autarca referiu que decorre, neste momento, um processo litigioso em tribunal entre a empresa CIP- Construções Irmãos Peres e a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH), por incumprimento na realização das respetivas obras na escola sede do AEOH.
De acordo com o presidente, a empresa em questão “meteu um ação contra a CMOH a pedir uma indeminização por não realizar a obra e a CMOH meteu uma ação para pedir indeminização à empresa”.
Este processo, segundo valores adiantados pelo responsável, “custará à Câmara Municipal cerca de 400 mil Euros de prejuízo pelo facto de a obra não ter sido realizada”. “A obra não foi realizada por responsabilidade da empresa. Disso não tenho dúvidas nenhumas”, garantiu o presidente, ciente de que “é um processo desagradável por ser uma empresa do concelho”, contudo “há que defender os interesses públicos e municipais”. “Isto tem sido um verdadeiro calvário”, disse.
“Será uma decisão do tribunal. A Câmara Municipal sente-se no direito de ser ressarcida desses prejuízos que teve, nomeadamente a destruição de um pavilhão”, defendeu. Segundo José Carlos Alexandrino, “não haverá concertação entre a Câmara Municipal e a empresa” e “será o tribunal a decidir”.
Por sua vez, Carlos Carvalheira, vereador do Município, mas também diretor do AEOH, congratulou o executivo municipal “pelo esforço, persistência e sentido de responsabilidade” no que respeita a este assunto. “Agora, interessa-nos o presente e o futuro. Aquilo que se passou foi mau de mais e o que interessa é podermos realizar a obra o mais depressa possível”, disse.