Face à pandemia que afeta o país e o mundo, o Covid-19, o Município de Oliveira do Hospital criou uma “equipa de resposta rápida” para apoiar os oliveirenses.
Em entrevista à Rádio Boa Nova, José Francisco Rolo, vice-presidente do Município oliveirense e responsável pelo Pelouro da Ação Social e Saúde, afirmou que “foi desencadeado um trabalho de parceria para que nenhum cidadão de Oliveira do Hospital ficasse esquecido, numa altura em que as autoridades nos convocam para ficarmos em isolamento”.
“Contudo, temos de estar atentos à população mais frágil, às famílias vulneráveis, particularmente cidadãos em isolamento geográfico e crianças”, disse, reforçando que o trabalho desenvolvido é feito em articulação com as Juntas de Freguesia, IPSS, Gabinete de Ação Social/ Saúde e CLDS (Contrato Local de Desenvolvimento Social).
À Rádio Boa Nova, José Francisco Rolo adiantou que, entre os dias 16 e 31 de março, o Município já “acorreu” 77 solicitações através da Linha de Apoio Social (238 605 260), “essencialmente para dar apoio de cariz alimentar, aquisição de medicamentos e renovação de receituário”, para as quais “há vários tipos de resposta”.
Após contacto com os responsáveis, “ as necessidades são avaliadas” e, “quando as pessoas não têm possibilidades de sair de casa, a equipa trata directamente com as pessoas e faz a entrega nos locais”.
O vice-presidente deu ainda conta de que o Gabinete de Covid-19, através da Linha de Apoio Social, está a “disponibilizar apoio psicológico”. “Até agora, acompanhámos três famílias e estamos a monitorizar, através do telefone, 82 famílias com crianças e jovens em risco”.
Na questão dos lares, José Francisco Rolo afirmou que o Município “tem feito um acompanhamento permanente de comunicação com as entidades, seja disponibilizando ajuda técnica para implementação das medidas mais restritas ou criação de alas específicas para pessoas com mais risco, particularmente aquelas que têm tratamento hospitalar ou que têm de se ausentar dos lares”.
“Há um trabalho de acompanhamento também na realização de testes. Em casos suspeitos, temos agilizado a realização de testes para todos estes idosos que estão numa situação de risco. Não limitamos esforços”, reforçou.
Município dispõe de 184 camas em “espaços de acolhimento”
Como forma de prevenção a eventuais casos de evacuação, o Município de Oliveira do Hospital dispõe de camas para “espaços de acolhimento”.
À Rádio Boa Nova, o responsável pelo Pelouro da Ação Social adiantou que o Pavilhão Municipal oliveirense está preparado com 50 camas, o Centro de Emergência de Travanca de Lagos conta com 14 camas e o Hotel Residencial do Parque de S. Gião com 50 camas. Para além destas, “mais 70 camas estão identificadas para instalar nos pavilhões da Ponte das Três Entradas, Lagares da Beira e Cordinha.
“São preocupações. É jogar em antecipação. Preparar os espaços para qualquer eventualidade, quando vamos percebendo que o mês de abril vai ser perigosíssimo em termos de propagação da Covid-19”, constatou.
Aos cidadãos oliveirenses, José Francisco Rolo fez ainda o apelo para que, “de forma serena, se mantenham em isolamento”.
“Não facilitem. Estamos a atravessar o período mais complexo, mais desafiante, mais perigoso em termos de propagação. Saia de casa para situações estritamente necessárias. Mantenha o distanciamento social e esteja atendo aos sinais do seu corpo. O Município de Oliveira do Hospital está sempre disponível para, a qualquer hora do dia, receber telefonemas para ajudar as pessoas”, concluiu.
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