Depois de inquiridas 115 testemunhas, recolhida prova documental e realizadas buscas, foram constituídos 44 arguidos no âmbito de uma investigação da Polícia Judiciária…
…relativa ao desvio de subsídios para a reconstrução ou reabilitação de habitações permanentes que teriam sido afetadas pelo incêndio de Pedrógão Grande, a 17 de junho de 2017.
Em comunicado enviado às redações, a PJ que finalizou e remeteu para o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra, com proposta de acusação, o inquérito no âmbito no qual se investigaram eventuais crimes de burla qualificada, entre outros.
Os apoios que terão sido desviados dizem respeito, sobretudo, a “verbas afetas ao Fundo Revita, constituídas por donativos, assim como verbas geridas por outras entidades, nomeadamente IPSS’s”.
Esta foi, como dá conta a PJ, uma “investigação de elevada complexidade”, que determinou a análise “de inúmeros casos”. Com efeito, o processo é constituído por oito volumes, 89 apensos e 21 anexos.
A 7 de junho, a Procuradoria-Geral da República (PGR) tinha anunciado a existência de 43 arguidos neste inquérito.
“Existe um inquérito onde se investigam irregularidades relacionadas com a reconstrução e reabilitação dos imóveis afetados pelos incêndios de Pedrógão Grande. Este inquérito tem, neste momento, 43 arguidos constituídos, encontra-se em investigação e está em segredo de justiça”, referiu então a PGR, em resposta escrita enviada à Lusa.