A Enging, ‘startup’ especialista em manutenção preditiva está a estudar a entrada nos mercados da região DACH (Alemanha, Áustria e Suíça) no próximo ano preparando-se, assim, para ganhar rapidamente escala a nível mundial.
Outro dos mercados no horizonte para esta empresa tecnológica é a Índia.
Além de Portugal, a ‘startup’ de Oliveira do Hospital já está presente em Espanha, Itália, Reino Unido e Brasil.
Segundo um comunicado da Enging, a empresa “oferece soluções distintas do restante mercado, garantindo maior eficácia e mais poupança para as empresas”, “soluções inovadoras de monitorização da condição de ativos industriais, desenvolvidas com um algoritmo próprio”.
“Tendo por base as mais recentes tecnologias de Industrial Internet of Things (IIoT), a empresa portuguesa disponibiliza soluções não-invasivas que detetam a maioria das avarias em motores e transformadores através de uma nova técnica de manutenção preditiva baseada apenas em variáveis elétricas”, destaca o referido comunicado.
De acordo com esse documento, “trata-se de uma tecnologia pioneira no mercado, que usa um algoritmo próprio e que se destaca pelos resultados obtidos e pelos baixos custos”.
“Com estas soluções, as empresas evitam quebras na produtividade, não param as máquinas para rotinas planificadas de manutenção, previnem acidentes de trabalho e não gastam grandes valores em manutenção ou substituição de máquina, podendo poupar milhares de euros a médio e longo prazo”, assinalam os responsáveis da Enging.
“Nos primeiros anos de operação, as vendas para mercados internacionais rondaram os 10%, mas em 2018 já representam 50% e a nossa ambição é chegar a um patamar em que 90% das vendas é para o exterior. O mercado internacional é muito grande e rico em oportunidades, já que as nossas soluções podem ser implementadas praticamente em toda a indústria, em tudo o que funcione com motores ou transformadores”, conta Marco Ferreira, diretor geral e cofundador da Enging, que trabalha com ‘utilities’ (águas e elétricas, como a EDP Distribuição), centrais nucleares e indústrias petroquímica, de pasta de papel e de cimentos.
O responsáveis da Enging assumem que, “para 2019, um dos principais focos está na região DACH, com a qual a ‘startup’ portuguesa já fechou alguns contratos”.
“Outra das ambições para o próximo ano é chegar ao continente asiático, começando pela Índia, mercado com grande potencial, não só pela dimensão do país, como pelas inúmeras oportunidades nas diversas áreas industriais onde a Enging atua, nomeadamente em centrais nucleares”, revela o referido comunicado.
A tecnológica, que chegou ao mercado em 2013, é uma participada da Busy Angels.
Francisco Ferreira Pinto, administrador executivo da Busy Angels refere que “a Enging oferece um produto único no mundo, com grande eficácia na deteção de falhas nos equipamentos, simples e eficaz, já que funciona ‘online e com um ‘interface’ ‘user-friendly’, sem necessidade de técnicos especializados”.
“A tecnologia tem vindo a ser desafiada por algumas das indústrias mais exigentes a nível técnico, passando com distinção todos os testes a que se tem submetido e sendo hoje já uma referência internacional na monitorização preditiva de máquinas elétricas”, acrescenta o responsável.
Segundo o comunicado, a empresa, criada no BLC3 – Campus de Tecnologia e Inovação, em Oliveira do Hospital, “tem vindo a mais que duplicar as suas vendas anualmente e a expetativa é que, em 2019, o volume de negócios supere um milhão de euros, com a empresa a perspetivar 70 novos projetos e 20 novos clientes para o próximo ano”.
De acordo com a consultora Navigant Research, o mercado da manutenção preditiva já vale mais de 1,5 mil milhões de euros e deverá atingir os 5,3 mil milhões em 2021, tal é o seu impacto no dia-a-dia das empresas.
“A Enging destaca-se no mercado nacional, trabalhando com ‘utilities’, é um dos grandes ‘players’ em Espanha, fornecendo soluções para centrais nucleares, e caminha a bom ritmo para liderar o mercado a nível mundial, patamar que deverá ser atingido nos próximos anos com o crescimento da empresa em mercados internacionais”, conclui o referido comunicado.