José Carlos Alexandrino iniciou a sua intervenção na última reunião da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital com um pedido que dirigiu…
… a todos os eleitos naquele órgão autárquico e que se prende com a tragédia vivida no concelho no passado dia 15 de outubro: “peço que não se faça política da terra queimada”.
“Peço com humildade democrática e seriedade política”, começou por referir o presidente da Câmara Municipal, considerando que o atual momento deve ser “de respeito pelas vítimas e pelo apoio aos lesados”. Entende José Carlos Alexandrino que “da conjugação de esforços de todos, podemos fazer renascer Oliveira do Hospital”, porque a “terra está mesmo queimada e todos somos poucos para a fazer renascer”. O autarca apelou, por isso, aos eleitos para que se deixem de “declarações fáceis, quando a situação exige o melhor de todos nós”.
A registar a resposta dada por presidentes de Junta de Freguesias, Bombeiros, GNR, funcionários da autarquia e toda a proteção civil por ocasião do trágico incêndio, José Carlos Alexandrino destaca o “trabalho coletivo”, rejeitando que tenha havido “deuses” ou “diabos”, para notar que todos os oliveirenses foram “heróis”. “Mais de 90 por cento acharam que tiveram a vida em perigo ou das suas famílias”, referiu, notando que o que aconteceu em Oliveira do Hospital “não foi um fogo de grandes proporções”, mas sim um “ciclone de fogo”, situação que “é muito diferente”.