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FCOH: Mário Brito revela dificuldades do presente e expectativas do futuro. Assume não se recandidatar nas próximas eleições

Mário Brito, presidente do Futebol Clube de Oliveira do Hospital, em entrevista à Rádio Boa Nova, revelou quais foram as maiores dificuldades da presente época e quais as expectativas para o futuro. O responsável assumiu, ainda, que não será candidato nas próximas eleições do clube que se realizam nos próximos meses.

A época iniciou-se com o objetivo bem definido de manutenção no Campeonato de Portugal:

“Este ano as nossas aspirações eram só para a manutenção no Campeonato de Portugal e iniciamos a época algo limitados pelas receitas serem muito pequenas e não conseguirmos fazer o plantel que todos desejávamos. Conseguimos depois fazer melhor do que era espectável num trabalho de todos e somos certamente uma das equipas sessão deste campeonato”.

Já no início deste ano, aconteceu o reajuste do plantel num trabalho enorme do corpo técnico e o FCOH conseguiu uma sequência de bons resultados:

“Não foi fácil e convencer atletas para saírem das grandes cidades a virem para Oliveira do Hospital, para serem compensados em termos financeiros por aquilo que o nosso clube tem disponibilidade para fazer, é muito complicado. Houve muitos obstáculos de diversa ordem que tiveram de ser ultrapassados e com o entendimento sempre da equipa técnica”.

Em tempo de pandemia:

“Tivemos apenas um caso positivo de Covid-19 e fomos sempre controlando e acompanhando, fazendo testes periodicamente e tivemos sempre muito cuidado”

Na formação, com uma estrutura quase autónoma e com muitos jovens a praticar as modalidades, as desistências era uma preocupação do clube.

“A formação sofreu bastante e principalmente os mais jovens que estão numa idade em que gostam de treinar e jogar. Tivemos de respeitar as diretivas da DGS e vamos recomeçar agora. Creio que não vai haver desistências e não tenho conhecimento que isso tenha, para já, acontecido. Os atletas estão muitos ansiosos para voltar. Houve um acompanhamento dos responsáveis da formação e tem sido feito um trabalho fantástico nos últimos anos”.

A nível financeiro:

“Este ano, as coisas foram muito mais complicadas do que aquilo que já que naturalmente são. Este ano a situação ainda se complicou mais, ainda conseguimos ter alguma publicidade, e muitos sócios deixaram de pagar as cotas. Tivemos um decréscimo de quase 70% na cobrança de cotas relativamente ao ano anterior. Se por um lado eu compreendo por outro, torna-se para o clube muito complicado gerir. Mesmo assim devemos à FPF e na AFC cerca de oito mil euros. Tirando isso, tudo está regularizado e temos cumprido tudo o que são os nossos deveres”.

O orçamento previsto para este ano, sendo um dos mais baixos do Campeonato de Portugal e com muitas quebras de receita:

“O FCOH poderá chegar até final desta época aos cento e oitenta mil euros de orçamento. Receitas que chegam de apoios diversos de empresas, município, publicidades e cotas”.

O FCOH está em ano de eleições “ o nosso mandato termina agora em 30 de maio. Nos últimos anos tenho dado muito ao clube. Gosto muito de Oliveira do Hospital e não tenho virado as costas ao clube, mas, neste momento, posso afirmar que não serei candidato. Está na hora de aparecer alguém e de outras caras trazerem algo de novo. Em Oliveira do Hospital existe muita gente capaz de trazer uma alma nova ao clube”.

Infraestruturas do FCOH:

“Tenho penas que passados estes vinte anos ligado ao clube, para mim, acaba por ser uma desilusão não ter o clube aos dias de hoje, ainda condições que pudesse o clube ser ainda mais autossuficiente. Todo o dinheiro que de consegue, é todo consumido na totalidade pelos custos de manutenção da equipa sénior”.

O Hóquei em Patins como uma estrutura também autónoma:

“Tem estado parado. Está muito bem comandado, temos cooperado dentro do que nos é possível e brevemente vai regressar à atividade desportiva. Irá ter a relevância que tem tido com um trabalho excelente e resultados muitos bons”.

O desejo:

“Desejava que houvesse sócios que tivessem disponibilidade e proatividade de vir a dar seguimento ao trabalho que se tem feito de muita dedicação e muito compromisso no clube. Eu estou cansado. Não vou estar disponível para continuar”.

Veja ou reveja a entrevista:

https://www.facebook.com/radioboanova1002/videos/288180859614688

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