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FOHRUM: “Oliveira do Hospital está a quatro horas de distância de cerca de 16 milhões de pessoas”

No passado sábado, dia 27 de março, João Nunes, CEO da BLC3 – Campus de Tecnologia e Inovação, sublinhou durante a primeira conferência do FOHRUM que Oliveira do Hospital é uma cidade que, em cerca de quatro horas, tem ao seu alcance “cerca de 16 milhões de pessoas”, destacando esta localização estratégica para derrotar os problemas da interioridade.

O primeiro encontro digital do FOHRUM conseguiu mais de 6 mil visualizações na discussão sobre ‘Os Desafios do Tecido Empresarial no Interior’. Nesta mesa virtual, que contou ainda com a presença de Ricardo Rio, presidente do Município de Braga, e Ricardo Morgado, fundador da The Loop Company, falou-se de investimento empresarial, de políticas de emprego, de empreendedorismo jovem, da eficácia das start-ups no interior do país e ainda da importância do têxtil para a região, entre outros temas.

“O emprego já não tem de estar só onde estão os escritórios e as sedes”

Ricardo Morgado explicou que “hoje há condições como nunca houve para criar uma empresa ou uma start-up onde quisermos. É um efeito da pandemia e deve ser encarado como uma oportunidade”. Acrescenta ainda que “o emprego já não tem de estar só onde estão os escritórios e as sedes”.

A visão do presidente da Câmara Municipal de Braga não é muito diferente. Afirma que “Oliveira do Hospital está a uma curtíssima distância da Universidade de Coimbra e de outras cidades como Viseu e Guarda. Tem um triângulo virtuoso do ponto de vista académico, que pode ser potenciado em ligação ao Tecido Empresarial”.

Na conferência marcaram também presença dois nomes intimamente ligados à realidade económica de Oliveira do Hospital: Carlos Brito, fundador da Davion, e Virgílio Santos, o presidente da ACII – Associação Comercial e Industrial do Interior.

No que diz respeito à indústria têxtil no concelho, Carlos Brito afirma que “os autarcas nunca conseguiram reunir a capacidade de iniciativa dos empresários, proporcionando possibilidades para inovar e expandir, com cursos técnicos, os recursos necessários para a indústria têxtil e da confeção”. O fundador da Davion expôs esta fragilidade e sublinhou a importância de criar oferta letiva que responda às necessidades da economia local.

Durante a conversa, identificaram-se diversos problemas, nomeadamente na fixação de pessoas no concelho e na região. Os oradores apontaram como principais fragilidades o despovoamento do interior do país, a pouca disponibilidade de habitação, as vias de comunicação incompletas, como o IC6, e ainda algumas limitações sentidas nas infraestruturas digitais.

No entanto, e como dita a assinatura deste projeto (“Na Discussão, A Nossa Solução”), a conferência encerrou focada nas soluções. Aproveitar melhor a potencialidade das florestas, facilitar o investimento e apoiar os empresários na sua instalação na região ou ainda a aposta em negócios que promovam a economia circular estão entre as sugestões propostas ao longo do debate.

No rescaldo da conferência, Ana Rita Ribeiro, um dos membros do vetor de Tecido Empresarial, sublinha ainda ter a certeza de que “o futuro parte por incentivar os jovens a serem autores e protagonistas deste tipo de soluções modernas, voltadas para a digitalização e novas tecnologias, enquanto força motriz do desenvolvimento da região”.

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