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CDS considera um “atropelo democrático” a apresentação de candidaturas do PS às autárquicas de Oliveira do Hospital

A comissão política concelhia do CDS-PP de Oliveira do Hospital considera um “atropelo democrático” a apresentação de candidaturas do Partido Socialista às autárquicas de Oliveira do Hospital, feita esta terça-feira, por Carlos Maia, presidente da Comissão Política Concelhia do PS.

Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, o CDS-PP de Oliveira do Hospital revela ” a mais profunda consternação na sequência da conferência de imprensa do presidente concelhio do Partido Socialista oliveirense”. O Partido mostra-se “solidário” com os “simpatizantes e dirigentes socialistas concelhios”, frisando que o PS “veio à praça pública apresentar os cabeças-de-lista para as eleições autárquicas deste ano num tom mais de nomeação para cargos do que propriamente de candidaturas democrática, fazendo transparecer toda a prepotência a que esta estrutura já nos tem habituado”.

“Os oliveirenses que terão no CDS-PP uma instituição irredutivelmente democrática, e que, mais ainda a partir de hoje, está consciente das suas responsabilidades na construção de uma alternativa política credível a esta gestão pífia dos destinos oliveirenses com a qual vamos convivendo nos últimos largos anos, e agora cada vez mais evidente”, assegura.

“Foi pública, e clara, a sonegação e obliteração de um importante processo – como o da escolha dos vários candidatos a uma  eleição autárquica -, de variadíssimos dirigentes, militantes e simpatizantes socialistas,  tendo o presidente dos socialistas oliveirenses assumido, publicamente perante os jornalistas e comunicação social presentes, que a decisão agora anunciada- mas há muito  sabida- teve como base a exclusão da comissão política concelhia socialista, que, salvas  as devidas diferenças estatutárias partidárias, é o órgão diretivo alargado, e portanto  soberano, do partido, localmente falando, para tomar este tipo de decisão”, referem os populares, classificando a conferência de imprensa de “triste espetáculo”. “Constitui um claro atropelo democrático a vários oliveirenses como nós,  independentemente da crença socialista que deles nos separa”, acrescentam.

“Será a ansiedade e o medo das chefias socialistas que precipitaram tal comportamento autoritário? Ou será apenas a transposição das práticas que se vão  registando sucessivamente nas várias Assembleias Municipais e noutros órgãos  autárquicos locais? Seja como for, não encontramos justificação racional possível para a  gravíssima violação dos princípios democráticos a que assistimos hoje. Será este o  modelo democrático que o Partido Socialista propõe para o concelho de Oliveira do  Hospital?”, questionam.

“Se é, tranquilizamos desde já os oliveirenses que terão no CDS-PP uma  instituição irredutivelmente democrática, e que, mais ainda a partir de hoje, está  consciente das suas responsabilidades na construção de uma alternativa política credível  a esta gestão pífia dos destinos oliveirenses com a qual vamos convivendo nos últimos  largos anos, e agora cada vez mais evidente. Queremos, por isso, alertar também o PS  oliveirense, quiçá contribuindo ainda mais para o seu desnorte evidente, que o CDS-PP  dará uma energética resposta autárquica às escolhas hoje anunciadas”, frisam.

“Isto, claro, se estas forem ratificadas pelos órgãos próprios do próprio Partido Socialista,  ficamos a aguardar pela unanimidade prometida hoje pelo seu dirigente máximo, que hoje  pareceu inaugurar uma espécie de participação democrática por via da delegação dos seus  correligionários garantindo com confiança cega que, independentemente de os ter  auscultado ou não, estes sufragarão de forma unânime e uniforme as escolhas de grupo  fechado feitas no entretanto. Coloquemos outra hipótese: Será este anúncio precoce a  confirmação necessária de que os oliveirenses precisavam para constatar o pretenso  divisionismo vivido nas hostes socialistas no que concerne às escolhas dos seus  candidatos? Preferirão os socialistas outras escolhas? Não sabemos, ainda, e pelos vistos  o secretariado socialista também não quer saber, apressando-se a confirmar o que, ainda  há menos de um ano atrás, desmentiu emitindo, à época, um direito de resposta para os  órgãos da nossa comunicação social”, concluiu o partido no comunicado.

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