Esta segunda-feira marca o regresso às escolas, uma medida decretada pelo Governo no âmbito do novo estado de emergência e consequente confinamento geral. Na Eptoliva, as aulas decorrem, a partir de hoje, em regime misto, apesar de a direção considerar que o regime não presencial “teria sido a decisão certa não só em Oliveira do Hospital, mas em todo o país”.
Em declarações à Rádio Boa Nova, Daniel Costa, presidente da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil, adiantou que a direção manifestou a sua opinião “junto das autoridades de saúde local e do Ministério da Educação”, com o objetivo de ser implementado o regime não presencial, contudo não tem “autonomia” para tal.
“A nossa primeira opção seria manter o regime não presencial. Essa teria sido a decisão certa, não só em Oliveira do Hospital, mas em todo o país. Teria sido a medida mais acertada porque, dessa forma, iríamos minimizar aquilo que são os riscos de contágio”.
Apesar de defender que “as escolas não são fontes de contágio”, Daniel Costa salienta “toda a circulação que está à volta da escola”, nomeadamente a “circulação de alunos, pais, professores e funcionários”.
“Ainda assim, nós não temos essa autonomia para manter o regime não presencial e então decidimos ir para o regime misto, ou seja, teremos na escola, diariamente, um quarto dos alunos, 54 alunos, de um universo de 200”, explicou. Para o presidente da Eptoliva, esta é uma “forma de reduzir o contacto entre alunos, professores e pessoal não docente”. “Nesta fase, era aquilo que podíamos fazer. Não podíamos fazer mais. Não temos autonomia para ter atividade não presencial”, reforçou,
Num olhar sobre o país, na opinião de Daniel Costa “deveria-se ter pensado muito bem nesta decisão porque está em causa a saúde das pessoas”. “Esperemos que ainda haja tempo para reverter estas decisões. Nunca é tarde mas quanto mais tempo passar, mais se complicarão as coisas”, disse.
À Rádio Boa Nova, o responsável adiantou que, desde o início da pandemia, houve registo de cinco alunos infetados e um docente. A esta altura, dois alunos do polo de Oliveira do Hospital estão infetados e 11 estão em isolamento. Em Tábua, um aluno está positivo.
“As coisas têm corrido bem. Esperemos que assim continuem. Esperemos que, com esta medida que tomámos, esta situação se mantenha e que não haja infetados no âmbito da comunidade da Eptoliva”, concluiu.