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Representantes dos professores no Conselho Geral do AEOH, sugerem às autoridades de saúde locais e à direção para, “prolongarem o ensino à distância por mais uma ou duas semanas”

Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, os representantes dos professores no Conselho Geral do AEOH – Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, sugerem às autoridades de saúde locais e à direção do AEOH  para “prolongarem o ensino à distância por mais uma ou duas semanas”.

O comunicado é dirigido à comunidade educativa, por considerarem que o timing de regresso às aulas já na segunda feira, é  uma “decisão imprudente e despropositada”.

Leio o Comunicado na integra:

 

Comunicado à comunidade educativa dos representantes dos professores

no Conselho Geral do AEOH

 

Os representantes dos professores no Conselho Geral do AEOH tomaram, hoje, conhecimento de que a direção do AEOH, em articulação com as autoridades de saúde locais, decidiu retomar as aulas em regime presencial em todos os ciclos de ensino, a partir do dia 18 de janeiro de 2021.

Os representantes dos professores no Conselho Geral do AEOH consideram esta decisão imprudente e despropositada, pelos seguintes motivos:

  1. O concelho de Oliveira do Hospital registava, no dia 15 de janeiro, 1101 casos de covid-19 por 100 mil habitantes e 174 casos de infeções ativas, permanecendo, por isso, no grupo restrito dos concelhos que se encontram no nível de risco «extremamente elevado».
  2. O Governo não decretou a realização de testes da covid-19 nas escolas.
  3. As condições estruturais da escola sede (dimensão exígua de muitas salas de aula e da sala de professores, sistema de aquecimento central obsoleto e inepto, janelas deterioradas), o número elevado de alunos por turma, a pluridocência e a existência de disciplinas de opção nos currículos não garantem o distanciamento social recomendado pela DGS, impossibilitam a existência de «turmas bolha», nem tão-pouco permitem condições mínimas de ventilação, conforto e segurança no interior das salas de aula.
  4. Nestas circunstâncias existem riscos evidentes – aliás, confirmados pela maioria dos técnicos e especialistas de saúde — de aumentarem exponencialmente as cadeias de contágio entre a população do concelho para valores ainda mais dramáticos e incontroláveis.
  5. O ambiente generalizado de receio e ansiedade existente nas famílias dos nossos alunos tenderá a agravar-se, condicionando ainda mais o bem-estar de todos e o processo de aprendizagem dos alunos.

Pelo exposto, solicitam à direção do AEOH e à delegada de saúde do concelho a decisão de prolongarem o ensino à distância por mais uma ou duas semanas, podendo essa resolução ser ponderada e revertida a partir do final da próxima semana, caso o número de doentes contagiados por covid-19 no concelho evidencie uma tendência sustentada para decrescer. Requerem, ainda, que seja ponderada a possibilidade de se estender esta decisão a todos os ciclos de ensino.

O comunicado é subscrito por Luísa Correia, Nuno Teixeira, Luís Filipe Torgal, Adelaide Rafael, Ana Cláudio Salgado e Rui Pedro Almeida

 

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