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Ca$h Resto Z€ro: “A voz calou-se. O vírus agigantou-se. Contagia mais, adoece mais, mata mais”

No primeiro espaço de opinião Ca$h Resto Z€ro, do novo ano de 2021, Vítor Neves considera hoje que “o silêncio eterno” da voz de Carlos do Carmo, a 1 de janeiro, “era o sinal anunciador e ensurdecedor do que estamos a viver”. “A voz calou-se. O vírus agigantou-se. Contagia mais, adoece mais, mata mais.

Eu sou o homem na cidade que amanhã cedo acorda e canta.
 A morte do homem que assim cantava, o nosso único Carlos do Carmo, foi a primeira notícia que li, na manhã do primeiro dia do ano de 2021.
Começava mal o novo ano.

O silêncio eterno da voz que cantava “sou a gaivota que derrota todo o mau tempo no mar alto” era o sinal anunciador e ensurdecedor do que estamos a viver.

A voz calou-se. O vírus agigantou-se. Contagia mais, adoece mais, mata mais.

De nada valeu, com o disse na Rádio Boa Nova, Carlos Antunes, passar o Natal confinado e passar o fim de ano ainda mais confinado.

O interior está a sofrer horrores com a pandemia. Oliveira do Hospital é infelizmente o exemplo de risco extremamente elevado, porque aqui no interior falta mais o que faz falta.

A esperança para o fim da pandemia é a vacina. Que graças ao serviço Nacional de Saúde já chegou ao interior e a Oliveira do Hospital.

Mas há outra esperança que queremos sublinhar: que esta tormenta que vivemos não ajude os populistas, os extremistas, os anti democracia e os anti liberdade. Como cantava o elegante Carlos do Carmo, “o malmequer da liberdade, que bem me quer como ninguém”. Já não temos o nosso homem do fado, mas temos de continuar a ter coragem. Coragem para gostar de viver em liberdade. Com respeito pelos outros, pela nossa saúde.

“Ca$h Resto Z€ro” – Um olhar sobre a política, a economia e as pessoas.

 

Com o apoio: R6 Living

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