Três dos 12 projetos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), no âmbito do concurso “AI 4 COVID-19: Ciência dos Dados e Inteligência Artificial na Administração Pública para reforçar o combate à COVID 19 e futuras pandemias – 2020”, são liderados por investigadores da Universidade de Coimbra (UC).
O montante global do financiamento atribuído aos três projetos, intitulados “VIRHOSTAI – Descoberta do interatoma vírus-hospedeiro: uma abordagem guiada por inteligência artificial e dados multi-ómicos”, “Lung@ICU – Ferramentas avançadas para diagnóstico e prognóstico em pneumologia @ Cuidados Intensivos” e “Um sistema de documentação de interface entre necessidades clínicas e de ciências dos dados para enfrentar o desafio da COVID”, ultrapassa os 700 mil euros.
O projeto “VIRHOSTAI” é liderado por Irina de Sousa Moreira, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), e vai focar-se no desenvolvimento de uma plataforma inovadora capaz de propor novas terapias especificamente desenhadas para o tratamento da COVID-19.
Esta investigação, que obteve 240 mil euros de financiamento, vai ser desenvolvida em parceria com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID) e a Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento (IST-ID) da Universidade de Lisboa.
Já o projeto Lung@ICU, coordenado por Paulo de Carvalho, do Laboratório de Informática Médica do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), propõe desenvolver um conjunto integrado de ferramentas de diagnóstico e prognóstico baseado em Inteligência Artificial (IA), com base em auscultação remota de som torácico e tomografia por impedância elétrica (EIT). Recebeu 238 mil euros de financiamento e integra investigadores do CHUC, abrangendo a experiência na área clínica e científica da pneumologia.
O terceiro projeto financiado pela FCT – “Um sistema de documentação de interface entre necessidades clínicas e de ciências dos dados para enfrentar o desafio da COVID” – é liderado por Miguel Castelo-Branco, investigador do Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research (Cibit), e obteve um financiamento de 239 mil euros. Centra-se em gerar uma ferramenta de data science e apoio à decisão a nível hospitalar e desenvolver uma linha de teleapoio e neuroreabilitação à distância que mitigue a dificuldade em organizar respostas.
Para a Vice-Reitora da UC com o pelouro da investigação, Cláudia Cavadas, o financiamento obtido «reflete a capacidade da comunidade científica da Universidade de Coimbra em dar resposta a desafios globais, interdisciplinares e que venham a ter impacto na sociedade».