No habitual espaço de opinião “Ca$h Resto Z€ro”, Vítor Neves olha esta sexta-feira, para os “dias seguintes” ao dia 15 de outubro de 2017, para notar que as “pessoas da Beira Interior foram um manifesto de coragem, de energia, de convicção, de resistência e resiliência e souberam reconstruir.
“ Hoje é o dia seguinte!
O pior do dia 15 de outubro de 2017 foi o dia seguinte. Os olhos inundados de lágrimas refletiam o desenho preto do fogo, da desgraça e da morte.
Ardeu tudo.
Se o dia seguinte ao dia 15 de outubro de 2017 foi o pior, o melhor foram os dias seguintes ao dia seguinte. As pessoas da beira interior foram um manifesto de coragem, de energia, de convicção, de resistência e resiliência e souberam reconstruir.
Conseguiram renascer.
A natureza faz e continua a fazer o que faltava. A tela voltou a estar pintada pelo verde.
O tufão de fogo não sai da memória. Foi de tal modo, que obrigou alguns a partir, está a demorar a reconstruir, há coisas que faltam, há coisas que não voltarão a ser iguais.
Mas, três anos depois, talvez se possa e talvez se deva ter a provocação de sorrir. Que é como estar a dizer ao fogo que nos ardeu, que perdeu.
Sim é verdade.
O interior renasceu!
“Ca$h Resto Z€ro” – Um olhar sobre a política, a economia e as pessoas.