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Retificação: Provedor da Misericórdia de Tábua diz que número de infetados com Covid-19 não está confirmado

Na Unidade de Cuidados Continuados (UCC) da Santa Casa da Misericórdia de Tábua continua a verificar-se o aumento do  número de infetados por Covid-19, entre os quais utentes, enfermeiros, auxiliares e pessoal dos serviços gerais.

Em entrevista à Rádio Boa Nova, Ferreira Marques, provedor da instituição revelou, ao início da tarde de hoje, que 31 pessoas testaram positivo ao novo coronavírus e que, ao longo dos últimos dias, foram realizados 148 testes de despistagem, cujos últimos resultados foram conhecidos no dia de hoje. O responsável adiantou ainda que “42 utentes estão em vias de ser novamente revistos porque realizaram um teste rápido, que acusa ainda alguma sintomatologia que pode estar afectada pelo vírus”.

Retificação: Porém, mais tarde, cerca das 20h00, o responsável contactou a Rádio Boa Nova para dar conta de um “lapso” da sua parte, na contagem dos casos de infeção por Covid-19 na UCC. Ferreira Marques disse que, até ao momento, “não está confirmando o número de pessoas infetadas”. O provedor da Santa Casa da Misericórdia admite que a situação criada foi “muito aborrecida”.

Nas declarações inicialmente avançadas à Rádio Boa Nova, o responsável adiantou que os funcionários infetados,  “estão a cumprir quarentena nas suas próprias habitações” e, quanto aos utentes, “estão a ser tratados para fazer uma triagem e ficarem num espaço próprio, limpo e com a respectiva desinfeção”.

“Os utentes que não foram afectados estão devidamente colocados em áreas que nós definimos dentro do espaço do hospital. Temos estado a fixar as pessoas que estão isentas e higienizar as outras áreas”, explicou.

Face a esta situação, a instituição depara-se com falta profissionais e, por isso, encontra-se a recrutar enfermeiros, auxiliares e funcionários de serviços gerais. “Esse é o meu problema neste momento. Nós tínhamos um quadro que estava de acordo com número de utentes. Com esta situação fiquei com esse quadro completamente desfeito”, disse Ferreira Marques, adiantando que a instituição tem estado a contactar “entidades próximas para a possibilidade de arranjar algum pessoal que pudesse dar uma ajuda”.

Quanto ao material de proteção individual, o provedor da instituição acredita que “as Misericórdias nunca estiveram preparadas para isto”. “Aliás, o país inteiro não estava preparado para uma situação destas e a Europa também não. Soubemos disto tarde demais para atuar perante um vírus desta natureza”, justificou.

Aos microfones da Rádio Boa Nova, o provedor aproveitou para solicitar apoio em material de proteção individual. “Nós, Misericórdia, precisamos de tudo o que nos possam dar porque o Estado, infelizmente, não tem dinheiro para pagar tudo isto”, disse, realçando que “estes produtos e material nunca são em excesso”, referindo-se a máscaras, viseiras, luvas, batas, desinfetante, entre outros.

Em relação ao facto de o número de infetados apontados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no concelho de Tábua não incluir a totalidade do número de infetados na instituição, Ferreira Marques e a autarquia presidida por Mário Loureiro salientam que “os dados facultados pela DGS reportam os infetados aos municípios de residência, pelo que quem testou positivo COVID-19 na UCC Santa Casa da Misericórdia, pode não ser afeto ao concelho”.

Recorde-se que foi no passado dia 8 de abril que a instituição teve conhecimento do primeiro caso positivo, um idoso de 94 anos.

Nota de redação: Uma vez que as declarações prestadas pelo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Tábua padeciam de erro no que respeita ao número de casos infetados de Covid-19, a Rádio Boa Nova optou por retirar o áudio que estava disponível.

(Foto: O Tabuense)

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