A mesma cidade que há 25 anos acolhe o único Festival de Cinema Ambiental existente em Portugal organiza, este ano, o II Fórum Internacional de Festivais de Cinema de Ambiente (FIFCA).
A conferência acontece dia 12 de outubro, sábado, às 09h30, no mesmo dia em que também arranca oficialmente a grande festa do Cinema Ambiental, o CineEco, na Casa da Cultura de Seia às 21h30.
Todas as atenções centram-se ao longo do dia 12 (sábado), neste que é um dos grandes eventos paralelos do CineEco. O Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) será o centro do debate internacional sobre a educação territorial e ambiental através do cinema, a emergência climática e sobre o papel das novas gerações nas alterações do clima. A cerimónia de abertura acontece às 09h30 com a presença dos representantes das entidades oficiais. Pelo CISE vão assegurar presença vários cineastas, documentaristas, diretores de Festivais de Cinema Ambiental, jornalistas, ativistas, profissionais de várias áreas da cultura à educação, estudantes e população em geral interessada.
Depois do sucesso do ano passado, “o Fórum consolida Seia como a cidade que chama até si a centralidade do debate internacional, além de acentuar a importância dos festivais de cinema ambiental na consciencialização e na educação das populações”, sublinha o diretor do CineEco, Mário Branquinho.
De destacar a presença do fotógrafo e ativista norte-americano, Timothy Bouldry. Viaja pelo mundo a fotografar as lixeiras e a ‘colecionar’ histórias verdadeiramente marcantes sobre os recolectores de lixo e de ‘tesouros’ que outros escolhem deitar fora. Através do Right Path Project 501c3, Bouldry tem vindo a encontrar soluções para a mudança de vida de algumas das pessoas que fotografa e se cruza nas lixeiras, quer seja na “La Chureca”, Nicarágua, ou no bairro de Escuintla na Guatemala, no Uganda, na Índia, Honduras ou em campos de refugiados sírios. De relevar ainda o regresso a Portugal da documentarista e jornalista Bárbara Veiga. A autora do livro “7 anos, em 7 mares” já cruzou oceanos, atuou em causas socio-ambientais em mais de 80 países e visitou as mais inóspitas paragens em todo o mundo. Veiga dedica a sua vida a trabalhar em causas ambientais para Greenpeace, Sea Shepherd e Avaaz.
Na conferência do dia 12 assegura igualmente presença de Kalyanee Mam, realizadora da curta-metragem vencedora da 6ª edição do GFN Award, “Mundo Perdido” (“Lost World”), anunciado em setembro na apresentação oficial do CineEco.
O Fórum conta com dois painéis de debate: o painel da manhã será moderado por Francisco Teixeira da Agência Portuguesa do Ambiente e o da tarde por Helena Freitas, do Centro de Ecologia Funcional, cátedra UNESCO em Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável. Estão ainda confirmadas as intervenções de Eleonora Izunsa, membro da direção da GFN e co-diretora do Festival de Cinema Ambiental- Cinema Planeta do México; Bruno Manique do Centro Portugal Film Comission; Norberto Santos, coordenador do Grupo de Turismo, Património e Território – CEGOT da Universidade de Coimbra; Paula Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Lixo Marinho; Francisco Ferreira, presidente da Associação ZERO e da FCT-NOVA.
A participação no Fórum é gratuita. Qualquer interessado deverá apenas efetuar a pré-inscrição no site oficial do CineEco. Os dias 13 e 14 de outubro serão respetivamente dedicados, em exclusivo, a um passeio turístico para convidados do CineEco e membros da rede de Festivais de Cinema Ambiente e à Assembleia Geral da GFN.
Refira-se que, a II edição do Fórum Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela conta com o apoio à organização da ZERO Associação Sistema Terrestre Sustentável e do Centro de Ecologia Funcional (CEF).
O Festival CineEco inclui nesta sua edição comemorativa dos 25 anos uma Seleção Oficial de 80 filmes, de 20 países, que abordam questões inerentes ao Ambiente e à Emergência Climática, uma reflexão geral sobre o impacto da ação do Homem na Terra. O CineEco acontece entre os dias 12 e 19 de outubro e continua a ser um evento gratuito e, este ano, volta a contar com uma vasta programação paralela a reter.
A organização do Festival deu ênfase ao elevado potencial de networking que existe durante toda a semana. Desta feita, além de exposições, instalações artísticas indoor e outdoor, um cine-concerto, workshops e oficinas de educação ambiental, Residências artísticas, provas de vinho e de gastronomia local, estão asseguradas as Eco-talks, pontos de encontro e discussão para troca de experiências, oportunidades e contactos entre profissionais especializados nas áreas do “Ambiente” e do “Audiovisual”, realizadores, diretores de cinema e participantes em geral. Também a iniciativa Escolas no CineEco regressa este ano. Crianças e jovens, desde o pré-escolar até ao ensino secundário e profissional, terão a oportunidade de visualizar filmes e conversar com alguns dos mais de 30 realizadores e diretores presentes nesta 25ª edição do Festival.