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23 anos de ESTGOH: “Tem sido uma jornada enriquecedora e de muito crescimento”

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) assume hoje, mais do que nunca, um papel importante no concelho de Oliveira do Hospital e na região. A escola, afeta ao Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), atravessa um bom momento e, para isso, contribuem o aumento do número de alunos, a construção da residência para estudantes e a candidatura para umas novas instalações.

“Tem sido uma jornada enriquecedora e de muito crescimento”, refere Vera Cunha, por ocasião do 23º aniversário da ESTGOH. Para a presidente da escola superior, há “23 anos que há o compromisso de oferecer uma formação de qualidade, que hoje é reconhecida”. Segundo a responsável, a escola oferece “uma oferta formativa diversificada, atualizada e ajustada às necessidades do mercado de trabalho”. Prova disso é “o número de alunos colocados nos últimos anos”.

Perante um universo de 747 estudantes, que frequentam licenciaturas, mestrados, Cursos Técnicos Superiores Profissionais, pós-graduações e microcredenciações, torna-se de facto imperativo uma residência de estudantes e novas instalações para a escola.

Residência de estudantes “vai ser fundamental para colmatar necessidades”

No que diz respeito à residência, as obras já estão a ser executadas e espera-se que a mesma esteja apta para receber estudantes no próximo ano letivo. “A residência de estudantes vai ser fundamental e vai ter impacto, uma vez que vai colmatar as necessidades sentidas pelos jovens”, considera Vera Cunha, acrescentando contudo que “essa dificuldade tem vindo a diminuir nos últimos anos”. Além disso, em Oliveira do Hospital, tal como a nível nacional, é notório “o aumento do preço dos quartos”. “Nós funcionamos com uma bolsa de alojamento e a cidade, há já alguns anos, sabe que registamos internamente todos os quartos que estão disponíveis para os estudantes”, justifica, avançando que, “este ano, o “número de camas era até superior ao número de alunos que poderiam entrar pelo concurso nacional de acesso”.

Novas instalações “representam um passo significativo para a evolução da escola”

Por outro lado, umas novas instalações seriam a cereja no topo do bolo. E o caminho é esse. O projeto foi já apresentado e aguarda-se aprovação da candidatura para o seu financiamento. “Era fundamental que esse financiamento aparecesse, porque as novas instalações representam um passo significativo para a evolução da escola, para a continuidade em termos de crescimento, para termos capacidade e qualidade. Necessitamos de espaços modernos, de espaços adaptados, onde professores e alunos tenham melhores condições para desenvolverem o seu trabalho Estamos a precisar de laboratórios de última geração, precisamos de salas de estudo colaborativo. Efetivamente queremos criar um ambiente que incentive a aprendizagem ativa dos nossos alunos e as novas instalações são extremamente necessárias para que isso aconteça”, afirma. Umas novas instalações podem facilitar o alcance de mil alunos, um dos objetivos da ESTGOH e do Município de Oliveira do Hospital. Paralelamente, “essa meta passará também pela necessidade de abrir mais uma ou duas licenciaturas”.

Vera Cunha vê também a vontade do IPC em tornar realidade esta ambição. Aliás, considera que “nos últimos anos se tem sentido a importância que a escola tem em termos regionais e também tem contribuído efetivamente para que o IPC consiga atingir os seus objetivos”. Na opinião da presidente, “quer o IPC, quer o Município, quer a escola”, estão “todos focados para que isso aconteça”.

Elevados níveis de empregabilidade revelam o trabalho de qualidade

Nos últimos anos, a ESTGOH tem apresentado altos níveis de empregabilidade de diplomados. Os resultados têm sido visíveis no Infocursos, a página do Ministério da Educação que divulga dados e estatísticas de cursos superiores. Como salienta Vera Cunha, “os níveis de empregabilidade da ESTGOH, em geral, estão todos acima dos 90 por cento e depois destaca-se o curso de Engenharia Informática que é dos cursos do Politécnico de Coimbra que chega aos 100 por cento de empregabilidade”. Ora isto “revela efetivamente o trabalho de qualidade que é feito dentro da escola”.

Ao mesmo tempo, um dos objetivos é que estes diplomados possam ficar pelo concelho e pela região para que possa tornar o território mais qualificado. “Mas é algo que não depende só de nós. O próprio mercado tem que estar preparado para acolher novos estudantes licenciados. A verdade é que já naquilo que são os estágios, há cada vez mais empresas a acolher os nossos alunos. Há empresas, inclusive do concelho, que já não acolhem um nem dois nem três mas acolhem mais estudantes em estágio. Sentem a necessidade de recursos qualificados. A região precisa de continuar a evoluir, ou seja, era importante inverter esta tendência que temos no próprio país que é de fuga para o litoral”, constata.

Da parte da ESTGOH já há um trabalho feito nessa questão. A escola também tem ajustado as áreas curriculares àquilo que a região e o concelho têm necessitado. De acordo com Vera Cunha, “os cursos ministrados vão de encontro a algumas das áreas de maior procura”. E a pensar precisamente na realidade do território, a ESTGOH ambiciona, em breve, preparar um novo curso, “que poderá ir de encontro a outras respostas que a cidade também pode dar”. Do lado das empresas locais e regionais, há também interesse e satisfação com os alunos da ESTGOH. “Há boas empresas, empresas PME que se têm destacado e têm recebido prémios e têm colaborado connosco e fazem parcerias”, afirma.

O “contacto contínuo” com o IPC

Ainda que afastada por dezenas de quilómetros do organismo central, a presidência da ESTGOH considera que “acaba por não haver essa distância”. “A dinâmica, a organização do próprio Politécnico obriga a que haja um contacto contínuo com o órgão central”, diz, dando como por exemplo as inúmeras iniciativas realizadas em Coimbra, onde a ESTGOH é presença assídua. “Temos organizado atividades em que vêm alunos de fora, de Coimbra e de outras escolas e o inverso também”, revela. A distância cria, sim, a “ necessidade de ajustar” alguns pormenores. “Eu diria que a maior dificuldade não é na relação com os órgãos de gestão. Há outro tipo de dificuldades que não essas”.

Cidade aberta à ESTGOH

Ter ensino superior e ter a ESTGOH em Oliveira do Hospital é um motivo de orgulho para a comunidade. Vera Cunha acredita que a ESTGOH está bem integrada na sociedade oliveirense. “Um dos aspetos que tem mostrado que há uma abertura da cidade à escola tem a ver exatamente com essa inversão que se tem verificado nos últimos anos, em que a cidade já disponibiliza aos nossos estudantes alojamento que antes não existia, portanto significa que há aqui uma perceção da importância da escola”, explica. A responsável acredita que Oliveira do Hospital tem orgulho em ter uma escola superior “que efetivamente, nos últimos anos, tem crescido e tem levado Oliveira do Hospital mais longe”. “Porque, na verdade, todos os nossos alunos, que são de norte a sul do país, acabam por fazer alguma promoção do local onde estudam e, portanto, também temos cada vez mais quer turistas, quer pais, que se deslocam a Oliveira do Hospital e têm a possibilidade de conhecer a cidade e a região”, adianta.

Feira do Emprego pretende aproximar escola das empresas

Vera Cunha sublinha que o futuro passa por uma “busca incessante por continuar a trabalhar” e manter a relação com “a comunidade e com as empresas”. “Essa necessidade de estarmos cada vez mais perto, sobretudo das empresas, leva-nos a organizar mais uma Feira do Emprego, este ano com algumas novidades. Um evento que nos orgulha bastante e que é uma oportunidade de aproximação entre o mundo académico e o mundo empresarial, que permite que os nossos estudantes conheçam exatamente, de mais perto, as empresas e as oportunidades que estão disponíveis no mercado de trabalho”, adianta. Um dos objetivos desta iniciativa é promover esta “troca de contactos”. A Feira do Emprego acontece ainda neste mês, dia 27, com três alterações: a data, o nome e o local. O evento decorrerá na renovada Casa da Cultura, também como forma de “descentralizar a escola e para que esteja mais próxima da comunidade”. “Cada vez mais também temos este interesse de colaborar com o município e, por isso, aproveitar o facto de o município ter recentemente inaugurado as instalações da Casa da Cultura, para tentar dar mais impacto a esta feira que, de ano para ano, tem vindo a crescer e tem tido um feedback muito positivo das empresas”, explica. Vera Cunha convida “todas as pessoas da cidade e ao redor a visitar a Feira do Emprego e a analisar tudo aquilo que ela trará associada, porque vai trazer eventos associados e onde todos poderão estar presentes”.

“Conseguimos realizar muitos objetivos do plano estratégico para estes quatro anos”

Na reta final do seu primeiro mandato a liderar a ESTGOH, Vera Cunha faz um “balanço positivo”. “Atingimos ou conseguimos realizar muitos dos objetivos definidos naquilo que era o plano estratégico para estes quatro anos. Conseguimos criar novos serviços dentro da escola, nomeadamente o gabinete de estágios que intervém também nesta Feira do Emprego, na sua organização e na relação que faz com os estudantes e com as empresas. Trouxemos a biblioteca de novo, remodelámos as instalações, adaptámos várias salas de aula para que fossem de encontro às necessidades dos professores e dos alunos”, avança. Para a presidente, que por enquanto não se quer pronunciar sobre a possível recandidatura, “havia a necessidade de uma reorganização”. Paralelamente, a escola também trabalhou “intensamente” num plano de divulgação da própria instituição “que permitisse este crescimento em termos do número de alunos”. “Acho que estamos muito mais abertos à comunidade, com um sem fim de atividades”, conclui.

Oferta formativa ESTGOH:

Licenciaturas:

– Marketing

– Contabilidade e Administração

– Gestão do Território

– Engenharia Informática

– Gestão

– Gestão e Biociências

Ctesp ( Cursos Técnicos Superiores Profissionais):

– Gestão de Pequenas e Médias Empresas

– Redes e Sistemas Informáticos (lecionado em Anadia)

– Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação

– Tecnologias Informáticas – Programa BrightStart (lecionado em Coimbra)

Mestrados:

– Gestão de Negócios

– Gestão em Turismo e Inovação Territorial (Especialização em Gestão de Negócios em Turismo) – Lecionado em Coimbra

– Informática Aplicada

– Marketing e Comunicação (Especialização em Gestão de Marketing) – Lecionado em Coimbra

Pós-Graduação

– Cadastro Predial

Microcredenciações

-Regime Jurídico do Cadastro Predial

-Exercício de atividades de segurança no trabalho por Empregador, Trabalhador Designado, ou Representante do Empregador

Ouça a entrevista na íntegra>>>>

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