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20 anos: Presidente da ESTGOH defende construção de novas instalações e residência para estudantes

A presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) defendeu, ontem à tarde, a construção de um novo edifício para escola, bem como de uma residência para estudantes. Para o presidente do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), a escola não deve sair da cidade.

Na cerimónia que assinalou o início das comemorações dos 20 anos da ESTGOH, que decorreu no auditório do Crédito Agrícola de Oliveira do Hospital, Vera Cunha considerou que é premente “a construção de um novo edifício adaptado às exigências da formação ministrada, equipado com laboratórios, com um auditório com capacidade mínima de 100 lugares e de outras estruturas de apoio adequadas ao funcionamento da ESTGOH”.

A responsável identificou ainda “outra necessidade da escola” que é a construção de uma “residência para estudantes”. Vera Cunha disse, contudo, saber que “quer o presidente da Câmara Municipal, quer o presidente do Politécnico de Coimbra, aqui presentes hoje, estão a encetar os esforços para que isso aconteça”. Na presença dos “ilustres convidados”, a presidente da ESTGOH partilhou a convicção de que a escola deve “agarrar o presente e projetar o futuro”.

A ESTGOH iniciou as suas atividades no dia 5 de novembro de 2001. Duas décadas passadas, Vera Cunha assegura que a escola dispõe de “massa crítica com experiência e idoneidade que garante um ensino de excelência e produção de conhecimento adapotado à exigências o nosso tempo”.

Em 20 anos a escola “cumpriu a sua missão e objetivos estratégicos no que respeita à qualidade do seu corpo docente e do ensino que ministra”. A presidir aos destinos da ESTGOH, Vera Cunha garantiu que a sua equipa tem consciência do que a escola significa para o concelho e para a região, a dimensão social e cientifica”. “É tempo de olhar o futuro e procurar implementar os compromissos assumidos por esta presidência”, vincou.

Na cerimónia comemorativa, que é reveladora da força que a Escola mantém após 20 anos, o presidente do Município de Oliveira do Hospital não deixou de lembrar que a ESTGOH foi “um dos dossiês mais difíceis da governação dos executivos presididos por José Carlos Alexandrino.

 “Não podemos deixar apagar a memória, na verdade esta escola esteve à beira do encerramento e foi graças à nossa capacidade de luta coletiva, muita determinação e muitos quilómetros percorridos que, hoje, temos uma ESTGOH mais consolidada e com mais alunos”. “De facto houve quem de tudo fizesse para subtrair, levar a ESTGOH de Oliveira do Hospital com a tentativa de transferir alguns cursos e alunos para outros estabelecimentos de ensino” que, segundo o autarca oliveirense, foi impedida por uma estratégia de concertação de esforços políticos e institucionais. Rolo recordou o envolvimento do próprio ministro Mariano Gago que numa reunião garantiu “vão descansados que ninguém toca na escola”.

Sobre o futuro, José Francisco Rolo deixou claro que a Câmara Municipal “é e será sempre um parceiro privilegiado da ESTGOH”. Informou que com o presidente do IPC, tem vindo a trabalhar para “desenhar o plano estratégico para o desenvolvimento e consolidação da ESTGOH”.

“As futuras instalações da ESTGOH são o dossiê que está atualmente em cima da mesa. A Câmara Municipal fará parte da solução”, afirmou, clarificando eu “até há bem pouco tempo”, a Câmara não poderia ter pensado em construir nas novas instalações, porque a “escola estava a ser posta em causa”.

No horizonte está “um plano de futuro para a escola, para servir os alunos, os docentes e toda a comunidade educativa, e onde se insere uma resposta para o alojamento de estudantes. “Ainda recentemente, o Dr. Jorge Conde anunciou que existe já um projeto para concorrer aos fundos PRR ,que consiste na criação de uma residência para 150 alunos em Oliveira do Hospital”, informou. Para o autarca é também, “importante construir pontes para a investigação, inovação e conhecimento aplicada às necessidades do território, valorizando também o papel da incubação e da BLC3 e do nosso tecido empresarial, como parceiro estratégico neste percurso que queremos conjunto”.

“As escolas quando não centrais afastam estudantes e a última coisa que queremos é afastar estudantes”

O trabalho em sintonia com o IPC, foi confirmado pelo presidente Jorge Conde, que, ainda assim, considerou que o processo das novas instalações não está a andar ao “ritmo que gostaria”, já que em setembro do próximo ano, queria estar já a inaugurar a nova escola e “com um ano de atraso”, porque a ESTGOH já atingiu um número de alunos que não cabe nas atuais instalações.

“Mas estamos a trabalhar nisso e a dar passos nesse sentido”, avançou Jorge Conde, para quem “a escola deve fazer cidade”, defendo que “a escola não se pode afastar do centro da cidade”. “Hoje temos uma escola a 20 metros da praça central de Oliveira do Hospital e tudo o que ultrapasse 100 metros é longe. As escolas quando não centrais afastam estudantes e a última coisa que queremos é afastar estudantes”, frisou. Jorge Conde garantiu também que, em matéria de alojamento “estamos a trabalhar nesse sentido, temos identificado o sítio onde gostaríamos de fazer o alojamento e vamos, com certeza concorrer, ao PRR para alojamentos estudantis, este mês” com a possibilidade de adquirir um imóvel e de o transformar numa residência de 150 camas”.

Na ocasião, Jorge Conde considerou ainda que, o que respeita à oferta formativa, a ESTGOH tem cursos a mais, verificando que “muitos cursos não significam solidez, antes pelo contrário”. Na opinião do responsável, a “ESTGOH deve ter mais alunos encaixados em grandes cursos e não é só a ESTGOH, é todo o IPC”.

“A consolidação do corpo docente pela fixação de professores e eliminação da precariedade e promoção dos que estão em condições de ser promovidos”, foi também apreciada pelo presidente do IPC.

De modo geral, Jorge Conde, considera que a ESTGOH é determinante para a consolidação e fixação de saber e de empresas na região. “Se precisamos que a região se desenvolva, precisamos de desenvolver a ESTGOH, de garantir que somos capazes de trazer estudantes para Oliveira do Hospital e fixar alunos. Estamos num território de baixa densidade e queremos ajudar a ultrapassar esse problema”, defendeu.

Na cerimónia ontem realizada, a ESTGOH, presidida por Vera Cunha, prestou a homenagem aos anteriores diretores e presidentes da escola: Francisco Neves, Nuno Fortes, Jorge Almeida e Carlos Veiga.

No final, cantaram-se os parabéns à escola e brindou-se ao seu sucesso. As comemorações dos 20 anos da escola decorrem até maio de 2022 com a realização de várias iniciativas.

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